quinta-feira, 15 de novembro de 2007

IMPACTOS AMBIENTAIS PROVOCADOS PELA EXPLORAÇÃO MINERAL


Ao longo de muitas décadas a extração mineral(Pedreiras, lavras e mineradoras), têm se firmado como uma atividade que, além de gerar empregos e ser fonte extra de renda para pequenos proprietários rurais, sobretudo nas localidades onde não há desenvolvimento ou perspectivas de melhoria social, também é uma atividade que causa enormes impactos ambientais, muitos destes irreversíveis.

A exploração mineral em si, já é uma atividade não sustentável, ou seja, o que foi extraído nunca mais será reposto, e existem procedimentos que têm que ser utilizados para minimizar o impacto ambiental da atividade, como cobertura vegetal, preservação de cursos d'água e da paisagem cênica, manutenção da flora e da fauna da região, controle sobre poluição sonora e disposição de rejeitos, etc.

Os efeitos ambientais estão associados, de modo geral, às diversas fases de exploração dos bens minerais, como à abertura da cava, (retirada da vegetação, escavações, movimentação de terra e modificação da paisagem local), ao uso de explosivos no desmonte de rocha (sobrepressão atmosférica, vibração do terreno, ultralançamento de fragmentos, fumos, gases, poeira, ruído), ao transporte e beneficiamento do minério (geração de poeira e ruído), afetando os meios como água, solo e ar, além da população local.


IMPACTOS AMBIENTAIS PROVOCADOS PELA EXPLORAÇÃO MINERAL

· alterações dos cursos d'água;
· aumento do teor do material sedimentado em suspensão, promovendo assoreamento,
· desmatamento;
· descaracterização do relevo;
· formação das cavas;
· assoreamento de cursos d'água, presentes;
· destruição de áreas de preservação permanente;
· destruição da flora e fauna.
· Alteração do meio atmosférico ( aumento da quantidade de poeira em suspensão no ar);
· Alteração dos processos geológicos (erosão, voçorocas, hidrogeologia), entre outros.


Não há como parar a exploração mineral uma vez que seus produtos são de grande importância para a sociedade. O grande desafio é explorá-los com responsabilidade e sutentabilidade, sem degradar o meio ambiente, ou ao menos minimizar estes impactos. E, para que isso ocorra é preciso haver uma conscientização do empreendedor de que é perfeitamente possível o desenvolvimento da mineração dentro de um conceito de sustentabilidade onde o mínimo de agressão ao ecossistema e o melhor aproveitamento dos recursos minerais são a base para prevenir futuras penalizações dos órgãos competentes, melhorar seu desempenho ambiental e garantir um meio ambiente ecologicamente equilibrado para todos.


Para saber mais clique aqui
fontes consultadas:
http://ddd.uab.es/pub/revibec/13902776v5p27.pdf
http://www.anuario.igeo.ufrj.br/anuario_2002/vol25_151_171.pdf



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domingo, 11 de novembro de 2007

Compostagem: Dando valor ao que não "presta"

Nestes últimos anos houve um aumento acentuado da produção de resíduos sólidos resultantes de uma sociedade extremamente consumista e globalizada, fruto do avanço tecnológico e crescimento econômico.Sua prática é baseada em "O QUE NÃO PRESTA JOGA-SE FORA!!" Isso, lamentavelmente, se afasta do modelo de desenvolvimento sustentável que tanto se almeja. Como consequência desse fenômeno, o tratamento e destino final dos resíduos sólidos tornou-se um processo de grande importância nas políticas sociais e ambientais dos países mais desenvolvidos. Como regra geral, a maior fração destes resíduos é ocupada pela matéria orgânica e um dos processos mais utilizados para lidar com esse material é a compostagem.
A compostagem é um processo biológico, através do qual os microrganismos convertem a parte orgânica dos resíduos sólidos urbanos (RSU) num material estável tipo húmus, conhecido como composto. A compostagem, embora seja um processo controlado, pode ser afetada por diversos fatores físico-químicos que devem ser considerados, pois, para se degradar a matéria orgânica existem vários tipos de sistemas utilizados.
Educação com o destino do lixo.Nada mais do que a obrigação de cada um de nós.
COMPOSTAGEM EM CASA
Este processo requer que cada indivíduo dentro da sua própria casa desenvolva um método de processar restos de jardim, principalmente folhas e aparas de relva. Se forem galhos, mato, toras de madeira, também funciona. O método mais simples requer a disposição do material numa pilha que vai ser regada e revolvida ocasionalmente, tendo em vista a promoção de umidade e oxigênio aos microorganismos da mistura. Durante o período de compostagem (que poderá levar um mês ou um ano), o material empilhado sofre decomposição por intermédio de bactérias e fungos até a formação de húmus. Quando este material composto se encontrar estabilizado biologicamente, poderá ser usado para correção de solos ou como adubo.
É importante salientar que sistemas imaginativos de compostagem em jardins têm sido desenvolvidos com grande êxito, devido a facilidade em construir o sistema.
COMO FAZER
Compostagem é como cozinhar, com muitas receitas e variações, você faz sucesso!
Esta poderá ser uma aproximação simples:

1. Recolha folhas, erva e aparas de jardim;
2. Coloque num monte ou caixote;
3. Salpicar com água, mantendo a umidade.

Para uma compostagem rápida (1-3 meses) alternar camadas de misturas verdes e materiais secos. Para arejar o empilhado, remexa e retalhe os materiais em bocados mais pequenos e umedeça-os. Para uma compostagem lenta (3-6 ou mais meses) adicionar, continuamente, material ao caixote e manter a umidade. É simples e novas receitas dentro deste contexto se encaixam perfeitamente!
Observação
Restos de comida, serão bem vindos, mas alimentos de origem animal (carne) podem atrair ratos e pragas do gênero.
FATORES FÍSICO-QUÍMICOS
Teor de Umidade
O teor ótimo de umidade para compostagem aeróbica compreende-se entre 50 a 60%. O ajuste de umidade pode ser feito por mistura de componentes. Na prática também se verifica que depende da eficácia do arejamento (manual ou mecânica) da massa em compostagem, nas características físicas dos resíduos (estrutura, porosidade etc.) e na carência microbiológica da água. Altos teores (~ 65%) fazem com que a água ocupe os espaços vazios da massa, impedindo a livre passagem do oxigênio, o que poderá provocar o aparecimento de zonas de anaerobiose.
Baixos teores de umidade (inferiores a 40%), inibem, por sua vez, a atividade microbiológica, diminuindo a taxa de estabilização.
O teor ótimo de umidade é de, aproximadamente, de 55%.
Controle de odores
A maior parte dos problemas de odores nos processos de compostagem aeróbia estão associados ao desenvolvimento de condições anaeróbias na pilha de compostagem.
Em grandes processos de compostagem aeróbia é comum encontrar fragmentos de revistas, livros e outros compostos orgânicos que não são compostados num espaço curto de tempo, e como o oxigênio nem sempre é suficiente, desenvolvem-se condições anaeróbias. Nestas circunstâncias, há produção de ácidos orgânicos que emitem odores intensos. Para minimizar os potenciais problemas de odores é importante reduzir o tamanho das partículas, retirar plásticos e outros materiais não biodegradáveis do material orgânico para compostar.
Qualidade do produto final
A qualidade do composto obtido pode ser definida em termos de composição de nutrientes e de matéria orgânica, pH, textura, distribuição do tamanho das partículas, percentagem de sais, odor residual, grau de estabilidade e maturação, presença de organismos patogênicos e concentração de metais pesados. Infelizmente, estes valores são bastante variáveis e não existe consenso quanto às quantidades ideais para estes parâmetros.
rápido. Para além do composto ser calibrado pode-se considerar que ocorre uma triagem biológica, já que as minhocas tendem a recuperar o material orgânico ligado ao inorgânico, valorizando também os inertes, dado que ficam mais limpos. Relativamente à qualidade do composto verifica-se uma melhoria tendo em consideração que à digestão das minhocas estão associadas enzimas e microorganismos. O processo de digestão demora menos de dois meses, permitindo que seja feito em espaços cobertos, em condições ambientais controladas.
PROBLEMAS
Os principais problemas associados à utilização do processo de compostagem são: os maus odores, os riscos para a saúde pública, a presença de metais pesados e a definição do que constitui um composto aceitável. A separação de plásticos e papéis também pode constituir um problema, pois, uma grande quantidade de papel reduz a proporção de nutrientes orgânicos e plásticos são muito lentos em sua decomposição, reduzindo a homogeneidade do composto. A não ser que estas questões sejam resolvidas e controladas, a compostagem pode tornar-se numa técnica inviável.
Produção de odores
Sem um controle apropriado do processo, a produção de odores pode tornar-se um problema. Como consequência a escolha da localização da estação de compostagem, o design do processo e a gestão do odor biológico são de extrema importância.
Produção de biogás
Esta é também uma consequência indireta da compostagem, pois, está relacionada com a deposição de materiais em aterro. A formação de biogás nos aterros pode ser bastante nociva para o ambiente, uma vez que, ocorre uma grande libertação de metano para a atmosfera que contribui para o aumento do efeito estufa. Constitui também um risco para a segurança do próprio aterro, uma vez que, pode provocar explosões. Existem processos que permitem a recolha deste gás para posterior combustão ou aproveitamento energético.
Riscos para a saúde pública
Se a operação de compostagem não for conduzida adequadamente existem fortes probabilidades de os organismos patogênicos sobreviverem ao processo. A ausência de microorganismos patogênicos no composto final é extremamente importante, uma vez, que este vai ser utilizado em aplicações às quais as pessoas vão estar diretamente expostas. No entanto, o controle desses microorganismos pode ser facilmente alcançado, quando o processo é eficiente e controlado. A maior parte dos microorganismos patogênicos são facilmente destruídos às temperaturas e tempos de exposição utilizados nas operações de compostagem (55ºC durante 15 a 20 dias).
Presença de metais pesados
Pode afetar todas as operações de compostagem, mas principalmente, aquelas onde se utilizam esfarrapadoras mecânicas. Quando os metais dos resíduos sólidos são desfeitos, as partículas metálicas que se formam podem ficar agarradas aos materiais mais leves. Depois da compostagem estes materiais vão ser aplicados ao solo, podendo provocar sérios problemas de toxicidade. Normalmente, a quantidade de metais pesados encontrados no composto produzido a partir da parte orgânica dos RSU é bastante inferior a verificada nas lamas de águas residuais. Quando há separação prévia dos resíduos, a concentração de metais pesados é ainda menor. A co-compostagem de lamas de águas residuais com a parte orgânica dos RSU é uma solução para reduzir a concentração de metais nas lamas.
Texto: Renato Russo
Disponível em http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt10.htm

domingo, 4 de novembro de 2007

BEBER OU NÃO BEBER LEITE??


O consumo exagerado de leite pode aumentar os riscos das mulheres desenvolverem câncer de ovário, revelou um estudo sueco publicado na revista científica American Journal of Clinical Nutrition.

A pesquisa, realizada pelo prestigiado Instituto Karolinska, acompanhou mais de 60 mil mulheres.
Os pesquisadores concluíram que mulheres que bebem dois ou mais copos de leite por dia aumentam os riscos em até 50% de desenvolverem formas mais agressivas da doença. Leite e produtos derivados do leite já haviam sido associados a outros tipos de tumores malignos, como os de seio e próstata.
O leite e seus derivados como queijos, cremes e manteiga são alimentos nutritivos, mas o seu uso diário e sistemático aumentou o risco de câncer de próstata em 42 países. No Japão a mortalidade por câncer de próstata era baixa em relação aos países ocidentais, aumentando significativamente após a Segunda Guerra Mundial, com a ocidentalização da dieta japonesa, quando o leite e derivados foram os itens alimentares que mais aumentaram em relação aos demais . Ficou estabelecido que o leite e derivados são fatores de risco para o câncer de próstata em 11 pesquisas publicadas entre 1984 e 2003”. Também são fatores de risco para outros tipos de câncer, principalmente o câncer de mama” .
As explicações disponíveis para estes fatos são as seguintes:

1) As gorduras saturadas do leite e derivados são excessivas e promovem o aparecimento do câncer. O tempo de promoção é longo, podendo passar 20 ou mais anos até surgir o câncer se não for interrompido o uso de leite e seus derivados .
2) A deficiência em fibras da alimentação, pelo uso sistemático de cereais e farinhas de cereais refinados, facilita a absorção destas gorduras.
3) As proteínas animais do leite e derivados e das carnes estimulam a síntese do I.G.F.1 (insulin like growth factor-l), fator de crescimento do câncer.
4) O alto teor em cálcio do leite e derivados suprime a conversão da 25 (OH) vitamina D para 1,25 (OH)2 vitamina D. Esta última tem efeito protetor contra o câncer de próstata (12).
5) O leite contém hormônios femininos (13-14). Os níveis circulatórios de hormônios femininos aumentam com o consumo de leite (15-16). O 17-B estradiol do leite é cancerígeno para a próstata (17).
6) O leite e derivados contêm altos níveis de I.G.F.-1 (18), para o crescimento do bezerro. Quanto mais leite e derivados consumimos, maiores os nossos níveis sanguíneos de I.G.F.-1. O I.G.F.-1 é fator de risco para câncer de próstata em seres humanos. Quanto mais elevados os níveis sanguíneos de I.G.F.-1, maior o risco de câncer de próstata (19).
7) O alto nível de estrógenos e I.G.F.-1 do leite desnatado promovem o aparecimento de câncer de mama em ratos (11). Portanto, além das gorduras saturadas existem outros fatores promotores do câncer no leite e derivados.

O leite e seus derivados vêm sendo pesquisados como fatores de risco para o câncer desde 1980, havendo 47 publicações que demonstram esta relação.

Sem dúvida o leite e seus derivados são alimentos nutritivos, tanto podemos observar que o bezerro, com 60kg ao nascer, pesa cerca de 500kg aos sete meses, tendo o leite como único alimento. Após esta idade, com dentição completa, este animal não mais irá ingerir leite.
Comparativamente o ser humano tem aproximadamente 3kg ao nascer e 9kg aos sete meses. O leite de vaca não tem composição projetada geneticamente para o nosso organismo. (Burkitt).
Para uma perfeita digestão, o leite precisa de enzimas que são fundamentais no processo, que são a renina(quimosina) e a lactase. A maioria dos seres humanos só produz estas enzimas até os três anos de idade; após este período há uma drástica redução em sua produção, sendo que algumas pessoas simplesmente param de produzi-las. Este fenômeno torna inviável a transformação do produto, fazendo o leite bem pouco assimilável pelo organismo.
O leite contém proteínas em abundância! Cerca de 80% dessas proteínas são caseína, a mesma cola usada para montar móveis e para fixar o rótulo na garrafa de cerveja. O Dr. Spock, o maior pediatra dos Estados Unidos, considera a caseína como principal causa de mucosidade, congestão e dores de ouvido na infância.
Vários outros estudos estão em andamento e avaliará com maior clareza o impacto da dieta no surgimento de tumores malignos.
Por enquanto, especialistas recomendam por via das dúvidas uma dieta moderada de leite, associando com uma alimentação balanceada.

BIBLIOGRAFIA
Qin, L.Q.: “Milk consumption is a risk factor for prostate cancer: metaanalysis of case-control studies” – Nutrition and câncer. 48 (1) 22-27 – 2004.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2004/11/041129_ovariomtc.shtml