quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Matas Ciliares


O que é Mata Ciliar?

Mata ciliar é a formação vegetal localizada nas margens dos rios, córregos, lagos, represas e nascentes. Também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária. Considerada pelo Código Florestal Federal como "área de preservação permanente", com diversas funções ambientais, devendo respeitar uma extensão específica de acordo com a largura do rio, lago, represa ou nascente.

O que acontece sem a mata ciliar?

O uso das áreas naturais e do solo para a agricultura, pecuária, loteamentos e construção de hidrelétricas contribuiram para a redução da vegetação original, chegando em muitos casos na ausência da mata ciliar.

ESCASSEZ DA ÁGUA

A ausência da mata ciliar faz com que a água da chuva escoe sobre a superfície, não permitindo sua infiltração e armazenamento no lençol freático. Com isso, reduzem-se as nascentes, os córregos, os rios e os riachos.

EROSÃO E ASSOREAMENTO



A mata ciliar é uma proteção natural contra o assoreamento. Sem ela, a erosão das margens leva terra para dentro do rio, tornando-o barrento e dificultando a entrada da luz solar.


PRAGAS NA LAVOURA

A ausência ou a redução da mata ciliar pode provocar o aparecimento de pragas e doenças na lavoura e outros prejuízos econômicos às propriedades rurais.

QUALIDADE DA ÁGUA


A mata ciliar reduz o assoreamento dos rios, deixa a água mais limpa, facilitando a vida aquática.

IMPEDE A FORMAÇÃO DE CORREDORES NATURAIS

Essas áreas naturais possibilitam que as espécies, tanto da flora, quanto da fauna, possam se deslocar, reproduzir e garantir a biodiversidade da região.

Para que preservar as Matas Ciliares?

- Reter/filtrar resíduos de agroquímicos evitando a poluição dos cursos d’água
- Proteger contra o assoreamento dos rios e evitar enchentes
- Formar corredores para a biodiversidade
- Recuperar a biodiversidade nos rios e áreas ciliares
- Conservar o solo
- Auxiliar no controle biológico das pragas
- Equilibrar o clima
- Melhorar a qualidade do ar, água e solo
- Manter a harmonia da paisagem
- Melhorar a qualidade de vida

Quais os danos ambientais decorrentes da redução da cobertura florestal e das matas ciliares?
- perda de qualidade da água
- erosão e perda de nutrientes do solo
- aumento de pragas das lavouras.
- assoreamento dos rios e enchentes
- alterações e desequilíbrios climáticos(chuva e aumento da temperatura)
- redução da atividade pesqueira

Legislação

A mata ciliar é uma área de preservação permanente, que segundo o Código Florestal (Lei n.° 4.771/65) deve-se manter intocada, e caso esteja degradada deve-se prever a imediata recuperação.e. Essa lei já existe há 40 anos! Mas nem sempre foi cumprida.
Toda a vegetação natural (arbórea ou não) presente ao longo das margens dos rios, e ao redor de nascentes e de reservatórios, deve ser preservada. De acordo com o artigo 2° desta lei, a largura da faixa de mata ciliar a ser preservada está relacionada com a largura do curso d'água. A tabela abaixo apresenta as dimensões das faixas de mata ciliar em relação à largura dos rios, lagos, represas e nascentes.

Os ecossistemas formados pelas matas ciliares desempenham suas funções hidrológicas das seguintes formas:

Estabilizam a área crítica, que são as ribanceiras dos rios, pelo desenvolvimento e manutenção de um emaranhado radicular;
Funcionam como tampão e filtro entre os terrenos mais altos e o ecossistema aquático, participando do controle do ciclo de nutrientes na bacia hidrográfica, através de ação tanto do escoamento superficial quanto da absorção de nutrientes do escoamento subsuperficial pela vegetação ciliar;
Atuam na diminuição e filtragem do escoamento superficial impedindo ou dificultando o carreamento de sedimentos para o sistema aquático, contribuindo, dessa forma, para a manutenção da qualidade da água nas bacias hidrográficas;
Promovem a integração com a superfície da água, proporcionando cobertura e alimentação para peixes e outros componentes da fauna aquática;

Através de suas copas, interceptam e absorvem a radiação solar, contribuindo para a estabilidade térmica dos pequenos cursos d'água.

A mata ciliar e a qualidade da água

O principal papel desempenhado pela mata ciliar na hidrologia de uma bacia hidrográfica pode ser verificado na quantidade de água do deflúvio.
Em estudos realizados para verificar o processo de filtragem superficial e subsuperficial dos nutrientes, N, P, Ca, Mg e Cl, através da presença da mata ciliar, as conclusões foram as seguintes:
A manutenção da qualidade da água em microbacias agrícolas depende da presença da mata ciliar;
A remoção da mata ciliar resulta num aumento da quantidade de nutrientes no curso d'água; Esse efeito benéfico da mata ciliar é devido à absorção de nutrientes do escoamento subsuperficial pelo ecossistema ripário.

O consumo de água pela mata ciliar

Em regiões semi-áridas, onde a água é limitante, a presença da mata ciliar pode significar um fator de competição. Isso se deve ao fato de que as árvores das matas ciliares apresentam suas raízes em constante contato com a franja capilar do lençol freático. Nesse caso, o manejo da vegetação ripária pode resultar numa economia de água.
No caso de se pensar em aumentar a produção de água de uma bacia mediante o corte da vegetação da mata ciliar em regiões semi-áridas, deve-se considerar que a eliminação da vegetação deve ser por meio de cortes seletivos e jamais por corte raso.
Isso porque as funções básicas das matas ciliares, manutenção de habitat para fauna, prevenção de erosões e aumento da temperatura da água devem ser mantida. Na região sul do Brasil, onde o clima é subtropical sempre úmido, e chove em média 1350 mm por ano, a competição das matas ciliares não compromete a produção de água nas bacias hidrográficas a ponto de serem feitos cortes rasos.

Fonte:

http://www3.pr.gov.br/mataciliar/index.php

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Toxicologia Ambiental e saúde


Uma jovem afirmou: "Levo uma vida muito saudável. Como hortaliças e frutas frescas. Entretanto, o meu organismo é um coquetel de produtos químicos. Ao engravidar vou transmitir o veneno ao filho no meu ventre." O que é pior: mesmo o pesticida altamente tóxico DDT, proibido desde os anos 70 porque provoca câncer, ainda estava presente no organismo dessa mulher.
Há décadas esses produtos tóxicos são produzidos, com resultados cada vez mais visíveis. O números de cânceres cresce constantemente e as alergias aumentam rapidamente, chegando a produzir síndromes antes desconhecidas, como MCS, a síndrome de sensibilidade múltipla a produtos químicos, e CFS ou ME, a síndrome de fadiga crônica.
Em uma pesquisa realizada pela Universidade de Leicester, Grã-Bretanha, encontraram em uma única célula, de pessoa com 30 anos de idade, 500 substâncias químicas artificiais. Todas foram desenvolvidas e aplicadas no século 20. Posteriormente foi descoberto que muitas dessas são substâncias tóxicas, mesmo em quantidades mínimas. Muitas hoje são proibidas — porém não desaparecem, mas sempre voltam ao ciclo da natureza.

Muitos países ainda não aderiram à proibição desses tóxicos, que assim continuam sendo disseminadas através do mundo pela água, pelo ar, pelas lavouras, pelos alimentos.
A CASA PERIGOSA
Sistemas de aquecimento
Aquecedores a querosene e gás engarrafado.
Riscos: Monóxido de carbono, bióxido de nitrogênio, gás carbônico, gás sulfuroso.
Fogão, aquecedor e caldeira a gás.
Riscos: CO, NO2, CO2, SO2. Vazamento da chama do piloto.
Fogão a lenha e lareira
Riscos: CO2, fumaça, benzopireno.
Eletricidade
Fiação e aparelhos elétricos (TV, vídeo, eletrodomésticos, ferramentas elétricas, secador de cabelos, copiadora, etc.).
Riscos: Radiação eletromagnética de baixa dose, Ozônio.
Geladeira.
Riscos: CFCs (clorofluorcarbonetos) emitidos pelo sistema de refrigeração.

Forno de microondas.
Riscos: Irradiação por correntes de fuga. Alteração das proteínas.
Lâmpadas fluorescentes.
Riscos: PCBs dos starters e radiação eletromagnética.
Água
Riscos: Chumbo e outros metais pesados do encanamento. Nitratos, outros poluentes e produtos químicos. Bactérias nos chuveiros.
Ar

Sistemas de ar condicionado e ventilação, umidificadores.
Riscos: Microorganismos disseminados pelo ar, fungos, mofo. CFCs emitidos por alguns sistemas.
Materiais de construção
Gesso, cimento.
Riscos: Formaldeído. Podem conter níveis elevados de radônio.
Amianto (asbesto) nos materiais usados para isolamento acústico e resistentes ao fogo (ao redor de canos e aquecedores).
Telhas, piso, divisórias, caixas d'água e floreiras.
Riscos: Fibras minerais minúsculas que se desprendem e podem provocar problemas pulmonares graves. como asbestose e câncer do pulmão.
Isolamento com espuma.
Riscos: Formaldeído.
Madeira
Compensados usados em móveis, divisórias, pisos e paredes.
Riscos: Vapores de formaldeído emitidos pelas resinas usadas para a junção, principalmente, quando o compensado é novo. O risco é maior em clima quente, úmido.
Tratamento da madeira com inseticidas e fungicidas
Riscos: Lindano, pentaclorofenol ( PCPs ). Tecidos e fibras sintéticas
Por exemplo : polipropileno e poliéster usado em carpetes, forros, tapeçaria, colchões e roupas.
Riscos: Vapores de formaldeído, inseticidas, retardadores de combustão, produtos para não manchar e amarrotar, plásticos moles. Tintas, vernizes e removedores químicos
Usados em paredes, pisos, tetos, lambris e móveis
Riscos: Vapores tóxicos (os removedores de tinta são os mais tóxicos). Fungicidas e inseticidas. Metais.
Adesivos
Adesivos, colas e resinas usados para tacos, móveis, papel de parede e vedações.
Riscos: Vapores tóxicos (principalmente formaldeído) durante aplicação e secagem.
Metais
Usados na fabricação de panelas, tintas e nos encanamentos.
Riscos: Metais como chumbo, cádmio, mercúrio, alumínio, cobre são liberados na água. Tintas contêm chumbo e cádmio. Alumínio das panelas pode passar para os alimentos.
Plásticos
Espumas em estofados, colchões, travesseiros e almofadas.
Riscos: Como o polieuretano representa grave risco de incêndio, seu uso é proibido em diversos países.
Plásticos de vinil e pisos, paredes, instalação elétrica, lambris, papel de parede.
Riscos: Formaldeído e outros vapores tóxicos, cloreto de vinil.
Acrílicos usados na imitação de vidro e em embalagens.
Riscos: Vapores tóxicos, possivelmente cancerígenos.
Plásticos moles (termoplásticos) usados em inúmeros produtos domésticos (p.ex : embalagens e estocagem).
Riscos: Vapores (principalmente no calor) que contaminam os alimentos.
Produtos de limpeza
Produtos usados para limpar fornos e carpetes, polidores, branqueadores, desinfetantes, detergentes, aerosóis e produtos usados na higiene pessoal.
Riscos: Formaldeído, fenóis, cloreto de vinil, aldeídos, benzeno, tolueno, acetona, amoníaco, cloro, lixivia. Todos são extremamente tóxicos se engolidos. Os aerosóis que contém CFCs.
Praguicidas e fungicidas
Riscos: Tóxicos, possivelmente cancerígenos.
EFEITO BIOLÓGICO DOS POLUENTES E DAS TOXINAS


Gases de combustão
Monóxido de carbono (CO): Gás tóxico incolor, inodoro, produzido pela combustão incompleta de chamas de gás, madeira, carvão, tabaco e pelos veículos.
Efeito biológico: CO reduz a absorção de oxigênio, causando dores de cabeça, tontura, náusea e perda de apetite. (
Óxido de nitrogênio NO e NO2): Gases tóxicos, de forte odor, produzidos pela combustão incompleta de chamas de gás em fogões e aquecedores.
Efeito biológico: NO2, o mais tóxico dos dois gases, afeta o sistema respiratório.
Gás sulfuroso (SO2): Gás tóxico de cheiro sufocante, presente na fumaça de carvão e lenha, emitido por aquecedores a querosene SO2, produz poluição urbana e chuva ácida.
Efeito biológico: SO2 pode produzir problema respiratório (bronquite, asma) e dor de cabeça.
Dióxido de carbono (CO2 gás carbônico): Gás incolor e inodoro produzido pela combustão de gás em botijões.
Efeito biológico: Em ambientes sem boa ventilação, pode afetar o sistema nervoso central e tornar as reações mais lentas.
Compostos orgânicos voláteis
Formaldeído (HCHO é muito usado em colas, na produção de compensados e produtos plásticos. Como conservante, está presente em papéis, carpetes, móveis, cosméticos, espumas. Na roupa de cama e no vestuário, é usado para dar o acabamento. Também aparece na fumaça de carros e cigarros. À temperatura ambiente, os vapores tóxicos emitidos contaminam o ar.
Efeito biológico: Formaldeído é um gás bactericida que irrita fortemente a pele, os olhos, nariz e garganta, provoca dor de cabeça, tontura, náusea, dificuldade de respirar. Pode causar sangramento no nariz e depressão. Pode afetar as células genéticas e se tornar cancerígeno.
Organoclorados esses compostos de hidrocarboneto e cloro formam a base de muitos produtos químicos sintéticos. São encontrados em produtos de limpeza, purificadores do ar e polidores. São as substâncias voláteis mais tóxicas e estáveis. Incluem os PCBs (bifenil policlorado), conhecidos cancerígenos; PVC (cloreto polivinil) um plástico que emana gases para os alimentos estocados; cloraminas, gases tóxicos que são liberados quando água sanitária é misturada com um produto à base de amoníaco. Outras substâncias voláteis perigosas incluem amoníaco, terebintina e acetona em solventes e produtos de limpeza; naftalina em bolinhas contra traças; cloro na água sanitária.
Efeito biológico:Os vapores penetrantes dos compostos orgânicos voláteis provocam grave irritação na pele, nos olhos e nos pulmões. Causam dor de cabeça e náusea e prejudicam o sistema nervoso central. Todos são cancerígenos. Os vapores em solventes, praguicidas e soluções de limpeza, além de irritar a pele e causar depressão e dor de cabeça, podem prejudicar o fígado e os rins. A cloramina pode ser fatal.
Fenóis são substâncias cáusticas que encontramos em desinfetantes, resinas, plásticos e na fumaça de cigarro. As resinas de fenóis sintéticos em plástico duro, tintas e vernizes, contêm formaldeído. É preciso ter cuidado para nunca inalar pentaclorofenol, presente em fungicidas e produtos para conservar a madeira.
Efeito biológico: :Fenóis são corrosivos para a pele e danificam o sistema respiratório.
Partículas
Asbesto (amianto) são fibras perigosas obtidas na mineração de silicato natural, de cálcio e magnésio. Seu uso como material isolante e a prova de fogo é proibido em muitos países.
Efeito biológico:As fibras de amianto suspensas no ar constituem um grave risco para a saúde, pois causam asbestose e câncer.
Metais. Microelementos de chumbo, cádmio, mercúrio, alumínio e cobre, podem ser absorvidos e acumulados no organismo, atingindo níveis tóxicos.
Cádmio é um metal pesado usado como pigmento amarelo, laranja e vermelho do plástico. Carvão, óleo combustível e adubos químicos contém cádmio. Aparece no ar através da queima do lixo e da indústria e penetra no organismo pelo ar e pelos alimentos expostos à poluição.
Efeito biológico: Cádmio já em doses mínimas provoca envenenamento grave e prolongado. Produz danos também nos ossos, pulmões e ao sangue.
Chumbo: é um metal pesado que está presente nos encanamentos velhos e atinge o organismo através dos alimentos e utensílios usados na cozinha (por exemplo, cerâmica com esmalte à base de chumbo).
Efeito biológico: Chumbo afeta a respiração das células, o sistema nervoso e o sistema que produz o sangue. As consequências são a perda de memória, problemas do estômago e do fígado. O risco é maior para crianças e para gestantes, pois o chumbo pode afetar o feto.
Mercúrio é um metal líquido venenoso. É usado em termômetros, pilhas, lâmpadas, obturações de amálgama e na garimpagem do ouro. Através da queima do lixo atinge o meio ambiente.
Efeito biológico: A inalação ou ingestão de gases compostos de mercúrio produz efeitos graves sobre o organismo. Os sintomas só aparecem muito mais tarde, como falta concentração, depressão, queda de cabelo, sangramento do nariz, problemas nos olhos e nos sentidos.
Alumínio pode passar da panela para a comida.
Efeito biológico: Alumínio e mercúrio são encontrados em nível elevado no cérebro de pacientes com a Doença de Alzheimer.
_____
Fonte: texto adaptado de Natürlich Leben, nº. 4 de 2000.
http://www.taps.org.br/Paginas/cancerarti03.html
Em apenas 100 anos
o nosso organismo se tornou
um depósito de lixo tóxico ....
e o próprio homem é o culpado !

sábado, 6 de outubro de 2007

Filhotes de foca: Esporte ou Massacre?

quero viverClique na imagem e veja a apresentação.

O massacre de 350 000 filhotes de foca
no Canadá e na noruega é um exemplo de como
o interesse comercial pode levar à
exploração irracional da natureza

Clique aqui para assinar o abaixo assinado contra essa matança absurda e desumana!!




Caçador usa porrete para abater filhote de foca:100 reais por cada animal morto



Com um porrete na mão, o caçador se aproxima do filhote de foca. O animal de olhos grandes e negros se assusta com a presença humana, mas não tem como fugir, pois se movimenta com dificuldade em terra e ainda não sabe nadar. Uma batida forte, bem atrás da cabeça, nem sempre é suficiente para matar o filhote. O caçador, porém, não se preocupa em abreviar o sofrimento da presa. Enquanto a foca ainda se debate, sua pele é retirada com a ajuda de um facão. Em apenas dois dias da semana passada, essas cenas se repetiram a um ritmo alucinante numa vasta área gelada da costa leste do Canadá. No total, 247.000 bebês focas, ou noventa por minuto, foram abatidos, no maior massacre desse tipo de mamífero marinho desde os anos 50. Um mês antes, outros 100.000 filhotes haviam sido mortos na província de Quebec. As focas abatidas tinham entre doze dias e três meses de idade. Foi morto um em cada três bebês nascidos neste ano.


A matança é um exemplo de como o homem pode explorar a natureza de forma irracional. O governo canadense alega razões econômicas e ecológicas para autorizar o massacre, que é disfarçado como modalidade esportiva. O argumento é que a superpopulação de focas no Atlântico Norte, estimada em 5,2 milhões, está reduzindo o estoque de bacalhau, peixe que tem na foca seu grande predador e um dos pilares da economia local. Estudos científicos culpam o crescimento da indústria pesqueira, e não as focas, pelo desequilíbrio ecológico da região. Os 60 milhões de reais movimentados pelo massacre desses animais são uma quantia irrelevante na economia canadense, uma das maiores do mundo. Além disso, a temporada de caça é sazonal e beneficia pouco mais de 10.000 pessoas. Cada pele de bebê foca é vendida pelo equivalente a 100 reais. Nesta época do ano, início da primavera no Hemisfério Norte, ocorre a troca de pelagem dos filhotes. A parte mais valiosa do animal é justamente a lanugem, pele grossa e felpuda dessa fase da infância. Os caçadores também lucram com outras partes do corpo. Do óleo da foca são produzidas cápsulas para combater a artrite. Os órgãos sexuais são enviados a compradores asiáticos, que lhes atribuem poderes afrodisíacos.



Filhote de foca: eles são mortos com menos de três meses de vida por causa da pelagem da infância

Há vinte anos, a matança indiscriminada da foca canadense chegou a colocar a espécie sob risco de extinção. Na época, fotos do massacre chocaram o mundo. Pressionadas pela mobilização de ambientalistas e pelo boicote à comercialização de peles, que recebeu a adesão dos Estados Unidos e da União Européia, as autoridades canadenses decidiram reduzir a cota de abate anual para 15.000 animais. Protegidas, as focas começaram a se multiplicar. A retomada da venda de peles no mercado internacional, sobretudo com as compras feitas pela Rússia e pela Polônia, e a pressão do lobby pesqueiro levaram o governo canadense a rever de forma gradativa as cotas anuais de abate. Só neste ano, 100.000 focas a mais foram mortas com chancela oficial. O massacre terminou um dia antes do prazo, quando a cota máxima foi atingida. A maioria dos caçadores ignorou a exigência do governo de só abater os filhotes a tiros, para evitar o sofrimento do animal. No fim, as focas acabaram entregues à própria sorte.
Fontes:
http://veja.abril.com.br/210404/p_060.html

http://www.petmg.com.br/

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Controle Biológico


Controle biológico é um fenômeno que acontece espontaneamente na natureza e consiste na regulação do número de plantas e animais por inimigos naturais. É uma estratégia que o homem vem utilizando há muito tempo para o controle de patógenos, pragas e ervas daninhas.

O termo Controle Biológico foi empregado pela primeira vez em 1919, por H.S. Smith, para designar o uso de inimigos naturais para o controle de insetos-praga. Posteriormente essa expressão foi usada para designar todas as formas de controle, alternativas aos produtos químicos, que envolvessem métodos biológicos. Assim, o Controle Biológico denominava técnicas tão diversas como o uso de variedades resistentes, rotação de culturas, antecipar ou retardar as épocas de plantio e colheita, queima de restos de culturas, destruição de ramos e frutos atacados, uso de atraentes e repelentes, de feromônios e de armadilhas.

O controle biológico é um componente fundamental do equilíbrio da Natureza, cuja essência está baseada no mecanismo da densidade recíproca, isto é, com o aumento da densidade populacional da presa, ou do hospedeiro, os predadores, ou parasitos, tendo maior quantidade de alimento disponível, também aumentam em número. Desta maneira, os inimigos naturais causam um declínio na população da praga. Posteriormente, a população do inimigo natural diminui com a queda no número de presas, ou hospedeiros, permitindo que a população da praga se recupere e volte a crescer. Neste caso, os parasitos e predadores são agentes de mortalidade dependentes da densidade populacional da praga.

Em comparação ao controle químico o controle biológico apresenta vantagens e desvantagens. Entre as vantagens pode-se citar que é uma medida atóxica, não provoca desequilíbrio, não possui contra-indicações, propicia um controle mais extenso e é eficiente quando não existe maneira de se utilizar o controle químico. Em compensação requer mais tecnologia, possui um efeito mais lento, não é de tão fácil aquisição, nem sempre pode ser aplicado em qualquer época do ano e, geralmente, é mais caro.

Tipos de Controle Biológico:

Controle biológico artificial é quando o homem interfere de modo a proporcionar um aumento de seres predadores, parasitos ou patógenos, podendo esses serem: insetos (mais atuantes no controle biológico natural), fungos , vírus, bactérias , nematóides e ácaros.

Controle biológico clássico . Importação e colonização de parasitóides ou predadores, visando ao controle de pragas exóticas (eventualmente nativas). De maneira geral, as liberações são realizadas com um pequeno número de insetos por uma ou mais vezes em um mesmo local. Neste caso o controle biológico é visto como uma medida de controle em longo prazo, pois a população dos inimigos naturais tende a aumentar com o passar do tempo e, portanto, somente se aplica a culturas semiperenes ou perenes.

Controle biológico natural . Refere-se a população de inimigos que ocorrem naturalmente.São muito importantes em programas de manejo de pragas, pois são responsáveis pela mortalidade natural no agroecossistema e, conseqüentemente, pela manutenção de um nível de equilíbrio das pragas.

Controle biológico aplicado. Trata-se de liberações inundativas de parasitóides ou predadores, após criação massal em laboratório. Esse tipo de controle biológico é bem aceito pelo usuário, pois tem um tipo de ação rápida, muito semelhante à de inseticidas convencionais. O CBA refere-se ao preceito básico de controle biológico atualmente chamado de multiplicação (criações massais), que evoluiu muito com o desenvolvimento das dietas artificiais para insetos, especialmente a partir da década de 70.

DEFINIÇÕES

Parasita. É um organismo usualmente menor que o hospedeiro. Os parasitas podem completar seu ciclo de vida em um único hospedeiro e na maioria das vezes não matam o hospedeiro. Ex. piolho.

Parasitóide. Inicialmente parasitam o hospedeiro causando sua morte até o final do seu ciclo evolutivo.É muitas vezes do mesmo tamanho do hospedeiro, mata este e exige somente um indivíduo para completar o desenvolvimento; o adulto tem vida livre.

Predador. Sempre atacam e matam sua presa. È um organismo de vida livre durante todo o ciclo de vida. Usualmente é maior do que a presa e requer mais do que uma para completar o seu desenvolvimento. Ex. leão

Os predadores podem ser classificados em:

Monófagos. Comem apenas uma espécie de presa.

Estenófagos . Comem um número restrito de espécies.

Oligófagos. Comem um número moderado de espécies.

Polífagos . Comem um grande número de espécies.

Insaciáveis . Matam indiscriminadamente. Ex. Aranhas

Agentes de controle


O controle biológico envolve o reconhecimento de que todas as espécies de plantas e animais têm inimigos naturais atacando seus vários estágios de vida. Dentre tais inimigos naturais existem grupos bastante diversificados, como insetos, vírus, fungos, bactérias, aranhas, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. A forma mais conhecida de controle biológico é o controle de insetos por outros insetos. Isto acontece o tempo todo nos sistemas agrícolas de forma natural, independentemente da ação do homem: por exemplo, muitos insetos se alimentam naturalmente de outros insetos, ou populações de insetos são às vezes sujeitas a epidemias as que acabam matando. No entanto, em alguns casos, a interferência do homem passa a ser necessária e são introduzidos ou manipulados insetos ou outros organismos para controlar quaisquer outras espécies que prejudicam os cultivos.

Os mais utilizados no controle biológico artificial são fungos , bactérias e vírus, para os quais há inclusive formulações comerciais a venda em lojas de produtos agrícolas (como o Dipel, entre outros). Os animais insetívoros (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos), por serem inespecíficos, apesar de destruírem um grande número de insetos, não são usados em controle biológico pelo homem. Neste grupo incluem-se, por exemplo, lagartixas, sapos, rãs, tamanduás, tatus, etc. Veja tabela abaixo alguns microorganismos usados para controle biológico de pragas:


O mercado

O interesse pelos programas de controle biológico de pragas tem crescido consideravelmente no mundo em função do novo direcionamento internacional da produção agrícola de favorecer a conservação e o uso sustentável dos recursos biológicos, requisitos básicos da Convenção da Biodiversidade. Políticas internacionais demandam fortemente alternativas para os agrotóxicos, e a utilização de inimigos naturais de pragas é uma alternativa promissora. Em um país como o Brasil, que despeja, por ano, cerca de 260 mil toneladas de agroquímicos nas lavouras e onde o consumo de praguicidas cresceu 60% nos últimos quinze anos o controle biológico parece ser uma alternativa não apenas ecologicamente correta, mas também economicamente justificável.

Atualmente, existem disponíveis no mercado cerca de 200 produtos de controladores biológicos registrados, os chamados bioinseticidas, com faturamento anual de 300 milhões de colares, o que corresponde apenas a 1% do faturamento conseguido pelos compostos químicos empregados com a mesma finalidade.

Do ponto de vista do mercado consumidor é importante notar que os consumidores estão cada vez mais exigentes, preferindo alimentos saudáveis e cuja produção não agrida o meio ambiente.

Para os produtores ainda há a vantagem no preço: os produtos orgânicos obtêm preços médios de 30% a 40% acima do valor do produto convencional e está conquistando o mundo. Na Europa, a agricultura orgânica cresce 25% ao ano, e na Áustria a produção agrícola orgânica atinge 40% da produção total. No Brasil, décimo produtor mundial, o crescimento anual está numa média de 10%, e no ano passado movimentou cerca de 150 milhões de dólares, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO). No mundo, o movimento chega a US$ 24 bilhões, de acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas.

Considerando as vantagens da produção com custos mais baixos, da diminuição dos impactos ambientais, do aumento da segurança alimentar e da menor exposição dos trabalhadores rurais a substâncias tóxicas, o controle biológico de doenças, insetos e plantas daninhas se torna, cada vez mais, uma prática comum em nosso meio rural, tornando a agricultura e os alimentos mais saudáveis. É possível reduzir em até 60% a aplicação de agrotóxicos realizando-se o manejo ecológico adequado. Práticas como as do controle biológico, além de ser ecologicamente recomendáveis e moralmente satisfatórias, diminuem o custo de produção ao agricultor e permite uma produção desprovida de agentes químicos, tão valorizada hoje em dia no mercado internacional.

O Brasil é um dos poucos países do mundo detentores da chamada megadiversidade biológica, ou seja, de ecossistemas importantes ainda íntegros.Essa biodiversidade pode oferecer uma oportunidade ímpar para o controle biológico de pragas no país, como também, em outros países do mundo, com a identificação de novos organismos vivos com potencial de serem utilizados no controlebiológico.

Os inimigos naturais são de grande importância para agricultura sustentável, e podem, freqüentemente, substituir ou reduzir a necessidade de utilização dos agrotóxicos, sendo um importante componente no manejo ecológico de pragas. A tendência do uso do controle biológico de pragas é aumentar,consideravelmente,no âmbito global, atendendo às demandas internacionais na utilização de práticas agrícolas menos agressivas ao meio ambiente.
Fontes:
http://www.floresta.ufpr.br/~lpf/contbio01.html
http://www.planetaorganico.com.br/controle.htm

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Reduzir, Reutilizar e Reciclar


Nos primórdios, o lixo era constituído de restos de alimentos, ossos e outros materiais que a natureza podia assimilar facilmente.
O desenvolvimento produziu novos materiais, como couro, panos, cerâmicas, etc.
Com o rápido e desordenado crescimento das cidades, das suas populações e da industrialização, o lixo também aumentou , seu destino final hoje, são os aterros nas periferias das cidades e, constitui um grave problema para saúde pública.
A complexidade não para por aí, atualmente, nós temos o rejeitos nucleares, os agrotóxicos, e já se fala até do lixo espacial: rejeitos das viagens e pesquisas no espaço.
Como vimos, a produção de resíduos é inerente à condição humana, e inevitável, não há como não produzir lixo, mas podemos diminuir essa produção: Reduzindo o desperdício, reutilizando sempre que possível e separando os materiais recicláveis para a coleta seletiva.
Outra maneira é:

Preciclar!
Ou seja: Pensar antes de comprar.
Pensar no resíduo que será gerado.
Preciclar é pensar que a história das coisas não acaba quando as jogamos no lixo. Tampouco acaba a nossa responsabilidade!
40% do que nós compramos é lixo. Como as embalagens plásticas que, quase sempre, não nos servem para nada, e vão direto para o lixo aumentando os nossos restos imortais no planeta.
Pense no resíduo da sua compra antes de comprar. Às vezes um produto um pouco mais caro tem uma embalagem aproveitável para outros fins.
E não esqueça os 3 R's:
Reduzir, Reutilizar e Reciclar
Reduzir o desperdício,
Reutilizar sempre que for possível antes de jogar fora, e
Reciclar, ou melhor: separar para a reciclagem, pois, na verdade, o indivíduo não recicla (a não ser os artesãos de papel reciclado).
Mas nem tudo é reciclável. Clique na imagem abaixo e veja o que é reciclável e o que não é:

Quanto à reciclagem, o que nós devemos fazer é separar o lixo que produzimos e pesquisar as alternativas de destinação ecologicamente corretas, mais próximas.
O importante é pensarmos sobre os 3 R's procurando evitar o desperdício, reutilizar sempre que possível, separar o lixo adequadamente e, antes de mais nada, É muito importante PENSAR globalmente mas AGIR localmente!

Conforme a FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE, qualquer que seja nossa proposta quando nos referimos ao meio ambiente, sempre teremos que considerar o gerenciamento dos resíduos humanos, de forma contínua, pois uma quantidade elevada de lixo é diariamente descartada no solo e na água, a absorção destes resíduos pelo meio ocorre de forma lenta.
Tempo necessário para a decomposição de alguns materiais




A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta que desvia, do destino em aterros sanitários ou lixões, resíduos sólidos que poderiam ser reciclados.
Com isso alguns objetivos importantes são alcançados:
a vida útil dos aterros sanitários é prolongada e o meio ambiente é menos contaminado.Além disso o uso de matéria prima reciclável diminui a extração dos nossos tesouros naturais. Uma lata velha que se transforma em uma lata nova é muito melhor que uma lata a mais. E de lata em lata o planeta vai virando um lixão...
No Brasil existe coleta seletiva em cerca de 135 cidades, de acordo com o professor Sabetai Calderoni (autor do livro Os Bilhões Perdidos no lixo Ed. Humanitas). Na maior parte dos casos a coleta é realizada pelos Catadores organizados em coperativas ou associações mas, sistemas de coleta seletiva podem ser implementados em escolas, empresas ou nos bairros.
A maneira responsável e sustentável de lidar com o planeta, pela qual lutamos hoje, pode ser vista como excentrismo, modismo ou uma questão de escolha, mas muito breve será uma questão de sobrevivência. Todos fazemos parte da nave chamada terra e, é nossa responsabilidade mantê-la em perfeitas condições para as futuras gerações, as informações estão cada vez mais acessíveis a todas as camadas da população o que falta mesmo é ação: se fomos capazes de destruir em 150 anos o que a terra levou cerca de 3,5 bilhões de anos para construir, somos suficientemente capazes de reconstruí-lo em um período igual ou até mesmo menor mas, pra isto acontecer falta apenas um detalhe: ATITUDE!!!!
Fontes:
www.lixo.com.br/
http://ecopagina.home.sapo.pt/amb_precicl.html