quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Elucidação de nova estrutura celular tem participação brasileira

Para quem achava que a ciência do século 21 já sabia tudo sobre a célula, uma notícia surpreendente: acaba de ser descrita a função de uma nova organela, localizada no núcleo celular. Recém-batizada de retículo nucleoplasmático (RN), a estrutura havia sido visualizada em 1997 por um grupo britânico, que a descreveu mas não apontou seu papel nos processos celulares.

O grupo de Maria de Fátima Leite, farmacêutica e bióloga molecular do Depto. de Fisiologia da UFMG, foi que descreveu essa parte inteiramente desconhecida das células humanas, em estudo que teve ampla repercussão internacional.
O complicado nome de retículo nucleoplasmático foi dado à estrutura, ou organela, encontrada no núcleo das células. Se o nome é complicado, seu papel é ainda mais complexo, mas fundamental para o ser humano. Ela regula a leitura do DNA.
O estudo ajudará a decifrar quebra-cabeça do DNA
O retículo nucleoplasmático tem papel-chave em todos os processos básicos do funcionamento do corpo humano. Sua descoberta ajudará cientistas a aplicar o conhecimento gerado pelo deciframento de nosso código genético. A ciência tem em mãos imensa quantidade de informação sobre o DNA mas não sabe ainda interpretá-la. A função da maioria dos genes permanece desconhecida.
'O retículo nucleoplasmático é peça importante para o quebra-cabeças do DNA', diz Maria de Fátima Leite.
Publicado em duas das mais importantes revistas científicas do mundo - a 'Nature Cell Biology' e a 'Proceedings of the National Academy of Sciences' (PNAS) -, o estudo tornou antiquados os livros de biologia, dando às células uma nova estrutura.
Maria de Fátima Leite e um colega da UFMG trabalharam em colaboração com as Universidades americanas de Cornell e de Yale.
'Observamos a estrutura pela primeira vez há dois anos e desde então trabalhamos loucamente para concluir o estudo porque sabíamos que teria um grande impacto', diz ela.
Todas as estruturas celulares que aprendemos na escola, como ribossomos, complexo de Golgi, entre outros, ficam no citoplasma (células são formadas por núcleo e citoplasma). Esta é a primeira estrutura descoberta no núcleo, a área nobre das células, onde está o DNA.
O retículo nucleoplasmático é primo-irmão de uma outra estrutura celular de nome parecido: o retículo endoplasmático. Essas pequenas máquinas do interior de nossas células desempenham papel fundamental em todos os momentos de nossas vidas.
Elas comandam a liberação do cálcio dentro das células. Todo mundo já ouviu falar da importância do cálcio para dentes e ossos. Mas o papel do nutriente vai muito além disso.
O cálcio é um gatilho biológico. Uma vez acionado na hora e na quantidade certas, ele ativa determinadas partes do DNA. O cálcio regula os batimentos do coração, o movimento de braços e pernas, o piscar dos olhos, enfim cada movimento de nossos músculos.
E faz mais. Também está ligado, por exemplo, à liberação dos hormônios, como a insulina, e ao próprio ritmo de vida e morte das células.
Dentro das células, o cálcio fica aprisionado em compartimentos. Até agora se imaginava que cabia ao retículo endoplasmático soltar cálcio quando este fosse necessário.
O estudo da UFMG e das Universidades americanas mostra que o retículo endoplasmático faz isso apenas em parte da célula. No núcleo, onde está o DNA, quem dá as cartas é o recém-descoberto retículo nucleoplasmático.
'Fizemos a descoberta quando estudávamos o papel do cálcio. Como ele poderia regular coisas tão antagônicas quanto a morte e a vida as células? Agora sabemos que isso é possível porque é feito separadamente por diferentes partes das células', diz Maria de Fátima Leite.
Devido à sua importância, o cálcio celular é alvo de imensa gama de remédios, como os recomendados para hipertensão e o tratamento da insuficiência cardíaca, por exemplo.
'Hoje, essas drogas não agem de forma específica e atuam por toda a célula. A descoberta abre caminho para refinar os medicamentos', observa a cientista.
Um exemplo são os remédios para insuficiência cardíaca, que aumentam a força de contração celular. A descoberta mostra que as drogas poderiam ter como alvo apenas o citoplasma.
'Isso as tornaria mais eficazes', diz a pesquisadora.
(O Globo, 8/6)
Ciência Hoje
Jornal da Ciência

terça-feira, 28 de agosto de 2007

O que são adoçantes dietéticos?



Adoçante dietético é um produto constituído a partir dos EDULCORANTES, que são responsáveis pelo sabor doce com as calorias reduzidas, possuem o poder de adoçamento muitas vezes maior do que o açúcar e são recomendados para dietas especiais.

NÃO CALÓRICOS

1) Sacarina

Ë o adoçante artificial mais antigo, descoberto em 1897 e usado desde 1900. É uma alternativa barata e pode ser usada em cozimentos; aproximadamente 200 vezes mais doce que a sacarose, é absorvida lentamente, mas não é metabolizada pelo organismo, sendo excretada de forma inalterada pelo rim.

Riscos de câncer de bexiga foram associados com o consumo de al7tas doses de sacarina em animais de laboratório. Estes estudos foram realizados de maneira incorreta, pois a dosagem de sacarina aplicada foi muito elevada, equivalendo ao consumo diário de 750 a 1000 refrigerantes dietéticos. Entretanto, estudos epidemiológicos não têm confirmado esse efeito carcinogênico em humanos, mas a questão de carcinogenicidade da sacarina em humanos ainda não pode ser totalmente excluída.

A GRAS ( Generally Recognized as Safe ) e a ADA ( American Diabetes Association ) recomendam uma ingestão de até 500 mg/dia de sacarina para crianças que equivale a 25 a 30 colheres de chá por dia e 1000 mg/dia para adultos que equivale 50 a 75 colheres de chá por dia.

2) Ciclamato

Descoberto em 1940, é cerca de trinta vezes mais doce que a sacarose. Normalmente está associado à sacarinanos adoçantes.

Seu emprego foi proibido em 1970. Estudos realizados em ratos mostraram que altas doses (muito acima do consumo humano normal) estavam sendo associadas a risco de câncer na bexiga. Pesquisas continuam, com o objetivo de concluir a carcinogenicidade ou não do ciclamato.

Em abril de 1984, após revisão dos artigos, o FDA Cancer Assessment Committee of the Center for Foodsafety and Applied Nutrition concluiu que o ciclamato não é carcinogênico. A dose diária máxima de ciclamato é de 40 mg por quilo de peso corporal. Mesmo ingerindo um frasco pequeno de adoçante diariamente, não se atinge a dose máxima. O ciclamato é permitido nos Estados Unidos, Canadá, Brasil e mais de quarenta países.

3) Aspartame

Descoberto em 1965, o aspartame é uma proteína adocicada produzida comercialmente a partir de dois aminoácidos encontrados normalmente nos alimentos: metil-éster-fenilalanina e ácido l-aspártico, e seus nomes comerciais são: Nutrasweetâ e Equalâ .

Aprovado pela FDA (Food and Drug Administration), órgão de controle de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos em 1981, fornece 4 calorias por grama. Por ser 180 a 200 vezes mais doce que a sacarose, só pequenas quantidades são necessárias para adoçar, e consequentemente sua contribuição calórica fica insignificante. Cada envelope de 1g eqüivale a 2 colheres de chá de açúcar, contento no máximo 4 calorias. Por sua vez, 2 colheres de chá de açúcar fornecem 40 calorias. Não deve ir ao fogo porque em altas temperaturas sofre uma reação que causa perda do sabor doce. Recomenda-se acrescentar o produto aos alimentos e líquidos após a retirada do fogo, apesar de não terem sido notadas alterações quando utilizado em preparações com leve aquecimento ou em recheio de bolo, tortas, etc. De preferência, deve ser misturado aos alimentos no momento do consumo.

A FDA estipulou em 50 mg por quilo de peso corporal a ingestão diária aceitável para o aspartame. Esta quantidade corresponde a aproximadamente 1% da quatidade que se mostrou não-tóxica em animais.

Recentemente, criou-se especulações sobre o efeito cancerígeno e até o mal de Alzaimer e Lupus provocado pelo consumo de aspartame. Mas nada foi comprovado sobre tais hipóteses, necessitando de um estudo epidemiológico sério para se concluir sobre a existência ou não de efeitos colaterais no uso deste edulcorante.

A única contra-indicação é para os portadores de fenilcetonúria. Esta anomalia é rara e geralmente é diagnosticada ao nascimento. Ocorre devido à incapacidade do organismo de metabolizar a fenilalanina, requerendo portanto controle da ingestão dietética desse aminoácido, que existe em muitos alimentos, por exemplo, leite, carne, pão etc. Concentrações de fenilalanina elevadas no sangue podem causar dano cerebral nos portadores dessa anomalia.

O rótulo dos produtos adoçados com aspartame deve notificar ao consumidor a presença do aminoácido fenilalanina.

4) Acesulfame K

Recém-lançado no comércio brasileiro, o Ace-K é a nova escolha em adoçantes. Descoberto em 1967, foi aprovado pela FDA em 1988 para uso em bebidas, sobremesas, gomas de mascar e adoçantes de mesa.

O Ace-K é um sal de potássio sintético. O corpo absorve mas não o metaboliza, o que significa que é eliminado tal como é ingerido. O Ace-K não eleva a glicemia. Pode ir ao fogo. A FDA estipulou a ingetão máxima em 15mg por kg de peso corporal/dia, o que equivale a uma colher de chá por quilograma de peso.

Por exemplo se uma pessoa pesa 70 quilos pode consumir 1050 mg por dia deste edulcorante, ou seja 70 colheres de chá.

Pessoas com problema renal que nessecitam limitar a ingestão de potássio (K) devem estar cientes de que este produto contém pequenas quantidades de potássio.

5 ) Stévia

Steviosídeo é o adoçante extraído da stévia, planta originária da Serra do Amambaí, na fronteira do Brasil com o Paraguai. Foi identificada em 1905, mas suas propriedades edulcorantes há séculos eram conhecidas pelos índios guaranis. Em 1964, a stévia foi levada para o Japão, que em 1970 começou a produzir o steviosídeo, hoje largamente consumido no mundo oriental. O steviosídeo não é calórico e pode ir ao fogo. É o único adoçante de origem vegetal produzido em escala industrial.

ADOÇANTES CALÓRICOS

1)Frutose

A frutose é mais doce que a sacarose, e seu metabolismo inicial independe da ação da INSULINA. Por décadas, muitos diabetólogos e comitês, incluindo a American Diabetes Association (ADA), recomendaram

Restrição de açúcares simples, tais como frutose, na dieta de diabéticos. Essas recomendações foram baseadas em pesquisas conflitantes que sugerem que açúcares simples causam elevação rápida na glicemia. Em contraste, outros estudos mais recentes mostraram que a frutose, quando incorporada às refeições, não altera a glicemia, o que é explicado por sua lenta absorção intestinal. Seu conteúdo calórico é igual ao da sacarose (açúcar de mesa), devendo ser considerada na contagem calórica de dietas para obesidade. Seu alto potencial de adoçar torna a frutose um adoçante pouco calórico quando comparada com outros açúcares, já que são necessárias dosagens pequenas de frutose para se atingir um sabor adocicado.



2)Sorbitol, Manitol e Xylitol

São álcoois de açúcar obtidos comercialmente da redução da glicose (sorbitol) e frutose (manitol). Contêm teor calórico semelhante ao da sacarose (4 calorias por grama). Seu uso é permitido a diabéticos. Na deficiência de insulina, o sorbitol e o manitol podem ser convertidos em glicose, elevando a glicemia. Estes dois adoçantes, quando ingeridos em excesso por pessoas sensíveis a eles, podem causar diarréia. Deve-se procurar ingerir até 30 a 50g em doses parceladas por dia, embora alguns indivíduos não tolerem quantidades superiores a 10 gramas.

O xylitol é um álcool de açúcar obtido da hidrogenação da xilose (tipo de açúcar). Contém 4 calorias por grama, mas é absorvido lentamente, resultando em pouca influência na glicemia. Altas doses podem levar à diarréia. Ë utilizado pela indústria em produtos de goma de mascar, dado o seu efeito não-cariogênico (formador de cáries). Os adoçantes (sorbitol, manitol, xylitol) são utilizados por indústrias na elaboração de produtos dietéticos. O sorbitol, vendido na sua forma pura, é recomendado para preparo de bolos.

Fonte:http://www.ciagri.usp.br/~luagallo/adocantes.htm

domingo, 26 de agosto de 2007

Nós humanos...será mesmo????


Todo ser humano nasce sem microrganismos. A aquisição da microbiota bacteriana envolve uma transmissão horizontal, ou seja, infecciosa de microrganismos. A colonização de superfícies expostas como a pele, o trato respiratório,alimentação, hospitalização e tratamento com antibióticos são fatores que afetam a composição da microbiota intestinal em crianças.
A microbiota normal humana desenvolve-se por sucessões, desde o nascimento até as diversas fases da vida adulta, resultando em comunidades bacterianas estáveis.
Os fatores que controlam a composição da microbiota em uma dada região do corpo estão relacionados com a natureza do ambiente local, tais como temperatura, pH, água, oxigenação, nutrientes e fatores mais complexos como a ação de componentes do sistema imunológico.
Estima-se que o corpo humano que contém cerca de 10 trilhões de células seja rotineiramente portador de aproximadamente 100 trilhões de bactérias. Isto quer dizer que somos apenas 10% humanos.
A composição da microbiota bacteriana humana é relativamente estável com gêneros específicos ocupando as diversas regiões do corpo durante períodos particulares na vida de um indivíduo. A microbiota humana desempenha funções importantes na saúde e na doença.
Os microrganismos membros da microbiota humana podem existir como (1) mutualistas, quando protegem o hospedeiro competindo por micro-ambientes de forma mais eficiente que patógenos comuns (resistência à colonização), produzindo nutrientes importantes e contribuindo para o desenvolvimento do sistema imunológico; (2) comensais, quando mantêm associações aparentemente neutras sem benefícios ou malefícios detectáveis e (3) oportunistas, quando causam doenças em indivíduos imunocomprometidos devido à infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, terapia imunossupressora de transplantados, radioterapia, quimioterapia anticâncer, queimaduras extensas ou perfurações das mucosas.
A microbiota humana constitui um dos mecanismos de defesa contra a patogênese bacteriana, mas ainda que a maioria dos componentes da microbiota normal seja inofensiva a indivíduos sadios, esta pode constituir um reservatório de bactérias potencialmente patogênicas. Muitas bactérias da microbiota normal podem agir como oportunistas. Nestas condições a microbiota residente pode ser incapaz de suprimir patógenos transitórios, ou mesmo, alguns membros da microbiota podem invadir os tecidos do hospedeiro causando doenças muitas vezes graves. Em indivíduos sadios, algumas espécies de bactérias da microbiota oral causam cáries em 80% da população.
As características ambientais da cavidade oral, tais como alta umidade, temperatura relativamente constante (34 a 36°C), pH próximo da neutralidade e disponibilidade de nutrientes, permitem o estabelecimento de uma microbiota altamente complexa composta por cerca de 500 grupos bacterianos que habitam as diversas áreas da boca.
Muitas dessas bactérias estão associadas à formação da placa bacteriana sobre a superfície dos dentes com conseqüente formação de cáries e ocorrência de doenças periodontais tanto em países em desenvolvimento quanto nos desenvolvidos.
A composição da microbiota oral varia com a idade, hábitos alimentares, hormônios, fluxo salivar, condições imunológicas e outros fatores como higienização e alcoolismo. A colonização da cavidade oral por microrganismos tem início de seis a dez horas após o nascimento. As espécies pioneiras são as do gênero Streptococcus e provêm principalmente da mãe.
Microrganismos essencialmente parasitas não são considerados como membros da microbiota normal uma vez que unicamente prejudicam o hospedeiro


Fontes
Madigan MT, Martinko JM & Parker J. 1996. Biology of microorganisms, 8th. Prentice Hall, NJ, USA.
Trabulsi L.R et al. 1999. Microbiologia, 2a ed., Atheneu, SP.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Biodiversidade



"Diversidade biológica" significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas. (Artigo 2 da Convenção sobre Diversidade Biológica)

Mais claramente falando, diversidade biológica, ou biodiversidade, refere-se à variedade de vida no planeta terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos. Biodiversidade refere-se tanto ao número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa (eqüitabilidade) dessas categorias; e inclui variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementaridade biológica entre habitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). Biodiversidade inclui, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes.

A Biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas, e fonte de imenso potencial de uso econômico. A biodiversidade é a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e florestais e, também, a base para a estratégica indústria da biotecnologia. As funções ecológicas desempenhadas pela biodiversidade são ainda pouco compreendidas, muito embora considere-se que ela seja responsável pelos processos naturais e produtos fornecidos pelos ecossistemas e espécies que sustentam outras formas de vida e modificam a biosfera, tornando-a apropriada e segura para a vida. A diversidade biológica possui, além de seu valor intrínseco, valor ecológico, genético, social, econômico, científico, educacional, cultural, recreativo e estético. Com tamanha importância, é preciso evitar a perda da biodiversidade.

Fontes:
http://www.mma.gov.br/biodiversidade/

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

15 DICAS PARA VOCÊ AJUDAR O NOSSO PLANETA


1. Economize água

Não deixe a torneira aberta mais tempo que o necessário e conserte vazamentos rapidamente. Troque a descarga do vaso sanitário por um modelo de 6 litros . Outra alternativa é colocar, dentro da caixa de descarga, duas garrafas plásticas de refrigerante de 2 litros com areia dentro, a medida diminui em 4 litros o consumo de água a cada uso. As primeiras águas da máquina de lavar podem ser usadas para lavar calçadas. A água do último enxágue da máquina de lavar,também pode ser usada para regar as plantas - os resíduos de sabão funcionam como adubo.

2. Prefira produtos biodegradáveis

Vários produtos de limpeza e higiene contêm substâncias químicas tóxicas. Algumas demoram a se degradar no meio ambiente. Substitua produtos de limpeza à base de cloro por vinagre e bicarbonato de sódio ( para limpar pias e vasos sanitários). Xampus e detergentes para louça costumam conter fosfato, nutriente que provoca crescimento acelerado de algas em rios e lagos.As algas consomem o oxigênio da água e causam mortandade de peixes.

3. Procure alimentos orgânicos

O consumo de produtos orgânicos beneficia, em primeiro lugar , a saúde. Esses alimentos não têm antibióticos, pesticidas ou metais pesados, Os orgânicos promovem também também a melhoria ambiental, pois são produzidos sem o acréscimo de aditivos químicos ou pesticidas ao solo. Eles também respeitam as diferentes épocas de safra - ao contrário das monoculturas, cultivadas o ano inteiro à custa de agrotóxicos e prejuízo à biodiversidade. A dieta das sociedades modernas limita-se a cerca de cem espécies ( com predominância de trigo, arroz, milho e batata).Essa falta de diversidade incentiva a monocultura e o desmatamento.

4. Consuma menos carne

A pecuária bovina é a maior responsável pelo desmatamento no Brasil. Além disso, a produção de suínos e aves consome grande parte da produção de grãos, o que pressiona as florestas. A suinocultura também é responsável pela contaminação de rios, lagos e represas. Um porco produz dejetos equivalentes aos de oito seres humanos. Boa parte dos peixes e produtos marinhos é capturada por meio de técnicas predatórias, como o arrastão, e 30% do que vem na rede é jogado fora depois.

5. Não crie animais silvetres

Ter espécies nativa é , em primeiro lugar, crime previsto em lei. Contribui para a extinção daquela espécie na natureza. Antes de chegar às lojas e feiras, os animais silvestres quase sempre são maltratados. Segundo a Ong renctas, A rede Nacional Contra o Tráfico de animais Silvestres, 38 milhões de exemplares nativos são retirados da natureza por ano no brasil. Sò um em cada dez è vendido. Os outros morrem no caminho. Se a vontade de possuir um animal silvestre for incontrolável, procure um de origem legal, proveniente de criadouro comercial registrado no Ibama. Isso vale, inclusive, para peixes ornamentais. Quase tão grave quanto manter um animal silvestre é soltá-lo de volta à natureza sem o acompanhamento de especialistas. se não morrer, o animal pode interferir em uma cadeia alimentar estável, causando danos à biodiversidade.

6. Cultive áreas verdes

Cultive gramados e jardins mantendo pavimentado apenas o que for indispensável. A infiltração no solo verde faz a água chegar mais lentamente a rios, córregos e represas, e isso reduz as enchentes. A falta de áreas verdes é uma das maiores responsáveis pelas ilhas de calor nas cidades. Além de oferecer conforto térmico, a vegetação urbana valoriza os imóveis e atrai a fauna, sobretudo pássaros. As árvores nativas servem de alimentos e abrigo para os animais da região.

7. Diminua o uso de embalagens

Racionalize o uso de sacolas plásticas em lojas e supermercados. Não leve três sacolas se uma for suficiente. melhor ainda é ir às compras levando uma sacola de casa .

8. Leia os rótulos com atenção

Além de listar os ingredientes e a data de validade, o rótulo traz a procedência. quanto mais distante for o local de origem do produto, mais transporte, mais combustível e mais embalagens foram nescessários. Veja se ele tem certificação de qualidade, como do Inmetro. Produtos de origem florestal devem ter o selo do Ibama ou do Conselho de Manejo Florestal.Produtos agrícolas devem ser certificados pela Rede de Agricultura Sustentável ( RAS). Os rótulos devem avisar se o produto e a embalagem são recicláveis ou se já são reciclados.

9. Evite produtos descartáveis

Imagine a quantidade de plástico consumido por uma pessoa que toma dois cafés e dois copos de água por dia em copos descartáveis. Em um ano, são 1.460 copos. Mantenha uma caneca no escritório para o uso individual. Cada mulher usa, ao longo da vida, cerca 10 mil absorventes descartáveis. Apenas nos Estados Unidos são jogados fora 12 bilhões de absorventes e 7 bilhões de tampões por ano. Já existem no mercado opções recicláveis.

10. Economize energia

Prefira lâmpadas fluorescentes, além de consumir 75%menos energia, elas duram de seis a dez vezes mais que as incandescentes. Use melhor a luz do sol, abrindo as janelas, cortinas e persianas. Pinte as paredes internas com cores claras, que refletem a luz. o mais importante é manter o teto branco. Apague as Lâmpadas de ambientes desocupados. Desligue da tomada equipamentos elétricos que não estiverem em uso, como TV, aparelho de som, forno de microondas.

11. Recicle lixo

Cerca de 40% do lixo encaminhado para a reciclagem volta para os lixões e aterros urbanos. Em parte, isso ocorre poeque os resíduos não são reaproveitáveis por nenhuma indústria - e também voltam aos lixões. Por isso, é importante saber exatamente o que é reciclável. Anote o que é lixo comum ( não-reaproveitável): papéis sujos e sanitários, papel-carbono, papel de fax,plastificados, papéis mistos ( metalizados, plastificados, parafinados) , etiquetas adesivas, clipes e esponjas de aço, copos de café,sacos de salgadinho, embalagens de biscoito, isopor, filme fotográfico, misturas de plásticos com metal ( como as embalagens de queijo ralado ), espelhos,lâmpadas, vidros planos ( como vidros de janelas). O lixo orgânico( restos de comida) também devem ir para a coleta comum, a menos que haja local próximoonde seja feita a compostagem - transformação dos resíduos em adubo. O resto ( vidros, metais, papéis, e plásticos recicláveis) deve ser encaminhado para a coleta seletiva municipal ou para as cooperativas de catadores. Use papel reciclado ou certificado , disponíveis no mercado. Ao usar o computador, imprima somente o necessário, aproveitanto os dois lados das folhas.

12. Tenha cuidado com resíduos perigosos

Remédios vencidos devem ser encaminhados às farmácias, que são obrigadas a recebê-los. Oficinas mecânicas devem receber pneus velhos e baterias de carro . Baterias de telefone celular devem ser encaminhadasa postos de coleta ( informe-se nas lojas especializadas de telefonia). Para os aparelhos comuns, como câmaras e os brinquedos, prefira pilhas recarregáveis.

13. Evite transporte individual

Somente na região metropolitana de São Paulo, os automóveis são responsáveis por 88% do 1,5 milhão de toneladas de monóxido de carbono despejadas diariamente na atmosfera. Por isso , usar transporte coletivo ( sobretudo metrô e trem ) é uma importante opção em favor do meio ambiente. Avalie a possibilidade em fazer parte do trajeto em transporte coletivo ( deixando, por exemplo, o carro próximo a uma estação do metrô). Procure também fazer o transporte solidário , dando carona a um colega de trabalho ou na hora levar as crianças para escola. Além de não prejudicar o meio ambiente, essas são formas de ganhar tempo,econiomizar dinheiro e fazer amigos. Diminuir a quentidade de carros nas ruas também ajuda a melhorar o trânsito . Procure andar mais a pé ou de bicicleta

14. Compre carros eficientes

Ao comprar um automóvel,opte por um modelo bicombustível, que também possa rodar movido a álcool.O álcool é um combustível que não agrava o efeito estufa,pois o gás carbônico emitido pelo carro é compensado pelo que os canaviais tiram de atmosfera. Apesar disso, o álcool emite outras substâncias tóxicas, como monóxido de carbono,hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio, Por isso, o ideal é optar por um carro econômico, que gaste menos combústivel. regular o motor e respeitar as manutenções e revisões recomendadas pelos fabricantes são formas de diminuir as emissões de gás carbônico em 10%.

15. Exerça seus direitos

A solução para problemas ambientais quase sempre depende de políticas públicas, como transporte urbano,saneamento básico ou leis que obriguem fornecedores a dar um destino para produtos e embalagens. É importante se informar e participar de campanhas. ONGs especializadas e associações de bairro costumam ajudar nessas horas.

fonte:Revista Época, 439

domingo, 12 de agosto de 2007

Aranhas Venenosas

As aranhas, escorpiões e lacraias pertencem ao grupo dos animais peçonhentos, isto é, têm glândulas de veneno e ferrão para injetá-lo. Existem no Brasil milhares de espécies, mas a maioria desses animais não oferece perigo ao homem. As espécies abaixo podem provocar sintomas de envenenamento. Os acidentes podem ser fatais, principalmente em crianças.
O maior número de acidentes é provocado pela Aranha Armadeira, por ser agressiva e freqüente em residências. A Aranha Marrom é considerada a mais venenosa. As aranhas peçonhentas não fazem teias, exceto a Aranha Marrom, sua teia é irregular e semelhante a um chumaço de algodão. Teias bonitas, encontradas nos tetos das casas, não pertencem a aranhas peçonhentas.

Armadeira (Phoneutria)

Cor cinza ou castanho escuro, corpo e pernas com pêlos curtos. Atingem até 17 cm quando adultas, incluindo as pernas (corpo: 4 a 5 cm). Escondem-se em lugares escuros, vegetação, calçados, etc., de onde saem para caçar, em geral à noite. Por serem muito agressivas os acidentes são comuns, podendo ser graves para crianças menores de 7 anos. Uma dor intensa no local da picada é o sintoma predominante.
Onde são encontradas?
Não são agressivas, vivem em teias irregulares (parecidas com um lençol de algodão) que constroem em tijolos, telhas, barrancos, cantos de parede, etc . Os acidentes são raros, mas em geral graves. Os primeiros sintomas de envenenamento são uma sensação de queimadura e formação de uma ferida no local da picada.
Como tratar?
O tratamento, feito com soro ANTIARACNÍDICO OU ANTILOXOSCÉLICO.

Aranha Marrom (Loxosceles)

Atingem de 3 a 4 cm incluindo as pernas (corpo: 1 a 2 cm). Não são agressivas, vivem em teias parecidas com um lençol de algodão que são construídas em tijolos, telhas, barrancos, cantos de parede, etc. Dentre as aranhas brasileiras, é a que possui o veneno mais tóxico. Os acidentes são raros, mas em geral graves. Os primeiros sintomas de envenenamento são uma sensação de queimadura e formação de uma ferida no local da picada.

Viúva Negra (Latrodectus)

Cor preta, com manchas vermelhas no abdômem. Fêmea com 2,5 a 3 cm (corpo: 1 a 1,5 cm); macho 3 a 4 vezes menor. Vivem em teias que constroem sob vegetação rasteira, arbustos, barrancos, etc. São conhecidos apenas alguns acidentes no Brasil, de pequena e média gravidade e, por esse motivo, não é produzido soro contra as espécies brasileiras.

Aranha de grama
(Lycosa sp)


Cor acinzentada ou marrom, com pêlos vermelhos perto dos ferrões e uma mancha escura em forma de flecha sobre o corpo. Atinge até 5 cm de comprimento incluindo as pernas (corpo de 2 a 3 cm).
Vivem em gramados e residências. Os acidentes são freqüentes, porém sem gravidade. Não há necessidade de tratamento com soro.

Aranha Caranguejeira

Aranhas geralmente grandes, com pêlos compridos nas pernas e abdome. Embora muito temidas, os acidentes são raros e sem gravidade e por esse motivo não é produzido soro contra seu veneno.
Aranha de teias (Nephila sp e outras)

As aranhas que fazem teias aéreas geométricas (circular, triangular, etc.) não oferecem perigo, mesmo as que atingem grandes dimensões.
Lacraias
Possuem dois ferrões na parte debaixo da cabeça, com os quais podem inocular o seu veneno. Não se conhecem entretanto acidentes graves e não se faz soro antiveneno para tratamento da picada desses animais.

CONTROLE E PREVENÇÃOAs seguintes medidas são eficazes para controle e prevenção de acidentes:

Manter limpos quintais, jardins e terrenos baldios, não acumulando entulho e lixo doméstico;
Aparar a grama dos jardins e recolher as folhas caídas;
Vedar soleiras de portas com saquinhos de areia ou friso de borracha, colocar telas nas janelas, vedar ralos de pia, tanque e de chão com tela ou válvula apropriada;
Colocar o lixo em sacos plásticos, que devem ser mantidos fechados para evitar aparecimento de baratas, moscas e outros insetos, que são o alimento predileto de aranhas e escorpiões;
Examinar roupas, calçados, toalhas e roupas de cama antes de usá-las;
Andar sempre calçado e usar luvas de raspa de couro ao trabalhar com material de construção, lenha, etc.
INSETICIDAS
Para evitar aranhas e escorpiões, o uso periódico de inseticidas não é a melhor solução. Além do alto custo, a aplicação desses produtos tem efeito apenas temporário e pode provocar intoxicações em seres humanos e animais domésticos. O ideal é coletar as aranhas e escorpiões e remover o material acumulado onde estavam alojados, o que evitará a reinfestação.

PRIMEIROS SOCORROS
Nos acidentes por aranhas e escorpiões com dor intensa, práticas como espremer ou sugar o local da picada, tem demonstrando ser de pouca eficácia. O tratamento sintomático, à base de anestésicos e análgésicos, têm sido utilizado com resultados satisfatórios na maioria dos casos. Se o acidentado for criança menor de 7 anos, o procedimento mais indicado é vir ao Hospital do Instituto Butantan, que está sempre aberto
OBS. Capturar o animal que causou o acidente e trazê-lo junto com a pessoa picada, facilita o diagnóstico e o tratamento correto.
Fonte:Butantan

sábado, 11 de agosto de 2007

Sapos, rãs e pererecas

Foto: J.A.Bertoluci
Os anuros são um grupo de anfíbios que não possuem cauda e possuem estrutura de esqueleto adaptada para locomoção aos saltos.
A diversidade de anuros é enorme e este grupo está presente em todos os continentes, com exceção da Antática. Existem anuros adaptados à vida aquática, terrestre, arborícola e fossorial. Todos são carnívoros, alimentando-se de invertebrados, outros anuros e pequenos mamíferos. Em geral utilizam a visão para a detecção da presa, é importante que haja movimento.
Esses animais possuem uma grande variedade de estratégias reprodutivas, que vão desde o desenvolvimento direto dos girinos, ninhos de espuma individuais e coletivos, ninhos em folhas, em bromélias, em bacias de barro à desova direta na água. A parte mais fascinante da reprodução dos anuros é entretanto a vocalização do macho para atrair a fêmea. Cada espécie produz um som diferente originando grande variedade de sons emitidos. São capazes de emitir também sons de agonia e de defesa de território.
Os anuros são popularmente conhecidos como sapos, rãs e pererecas.

Sapos
Foto:G.Skuk

A designação popular sapos, tem duas conotações, uma que se refere aos anuros em geral e outra que diz respeito aos anuros que possuem pele bastante rugosa.
Os sapos são mais independentes da água que as rãs e pererecas, ou seja, são encontrados mais distantes de corpos d'água. Possuem a pele rugosa e os membros posteriores mais curtos que os demais anuros, bem como uma concentração de glândulas de veneno nas laterais da cabeça (glândulas paratóides). Não existe mecanismo ejetor, se o animal for capturado, o veneno escorrerá na forma de um líquido leitoso.
São comumente encontrados nas cidades sob postes de iluminação a espera de insetos atraídos pela luz.

Rãs
Foto:J.A.Bertoluci

As rãs são popularmente conhecidas como anuros bastante ligados à água e bons nadadores. São animais de pele lisa e apreciados quanto a sua carne.
As rãs "verdadeiras" possuem membranas entre os dedos dos membros posteriores (como num pé de pato),são longos e adaptados à natação e aos saltos.

Pererecas
Foto:G.Skuk


As pererecas são comumente encontradas em banheiros de casas do interior. Também possuem a pele mais lisa que os sapos, como as rãs. Seus membros são bastante desenvolvidos e adaptados a grandes saltos.
Apresentam nas pontas dos dedos expansões em forma de disco que promovem adesão. São por isso capazes de caminhar em superfícies verticais, o que convém a seu hábito arborícola.
Fonte:http://dreyfus.ib.usp.br/bio435/bio43597/vanessa/chave/anu.htm

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Destruição do Cerrado


O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, localizado em uma grande área do Brasil Central. Por fazer fronteira com outros importantes biomas, (a Amazônia ao norte, a Caatinga a nordeste, o Pantanal a sudoeste e a Mata Atlântica a sudeste) a fauna e flora do Cerrado são extremamente ricas.

Na região existem mais de 10.000 espécies vegetais, uma grande variedade de vertebrados terrestres e aquáticos e um elevado número de invertebrados. Espécies ameaçadas como a onça-pintada, o tatu-canastra, o lobo-guará, a águia-cinzenta e o cachorro-do-mato-vinagre, entre muitas outras, ainda têm populações significativas no Cerrado, reafirmando sua importância como ambiente natural.

Além da biodiversidade, os recursos hídricos da região ressaltam em quantidade e qualidade: nas suas chapadas estão as nascentes dos principais rios das bacias Amazônica, da Prata e do São Francisco.

Apesar do seu tamanho e importância, o Cerrado é um dos ambientes mais ameaçados do mundo. Dos mais de 2 milhões de km² de vegetação nativa restam apenas 20% e a expansão da atividade agropecuária pressiona cada vez mais as áreas remanescentes. Essa situação faz com que a região seja considerada um Hotspot de biodiversidade e desperte especial atenção para a conservação dos seus recursos naturais.

Estudos realizados pelos pesquisadores do Programa Cerrado da CI-Brasil indicam que o bioma corre o risco de desaparecer até 2030. Dos 204 milhões de hectares originais, 57% já foram completamente destruídos e a metade das áreas remanescentes estão bastante alteradas, podendo não mais servir aos propósitos de conservação da biodiversidade.

O desmatamento do Cerrado é alarmante, chegando a 1,5% ou três milhões de hectares/ano. Isso equivale a 2,6 campos de futebol/minuto. Esforços de todos os setores da sociedade são necessários para reverter esse quadro.

Veja ao abaixo o estudo sobre o desmatamento do Cerrado


Fonte:Conservação Internacional

Cuide bem do seu animal de estimação

GUIA DE PRIMEIROS SOCORROS
para cães e gatos

O intuito deste guia é orientar o proprietário como agir em situações em que o socorro imediato ao animal se faz necessário. E disso, muitas vezes, irá depender a vida do animal até que o socorro veterinário seja possível. Aprenda como agir em casos como atropelamentos, convulsões, parada cardíaca, etc..
Medidas gerais

1o.) Analisar se o caso é de emergência ou urgência.
Emergência: requer medidas imediatas das quais a vida do animal irá depender . Exemplo - hemorragias, parada cardíaca e/ou respiratória, atropelamentos, envenenamentos, choques elétricos, afogamento, inalação de fumaça nos incêndios,etc..

Urgência: são casos de menor gravidade, mas que devem ser socorridos a tempo para que o animal não tenha complicações mais graves. Exemplo: vômitos ou diarréias intensos, piometra (infecção uterina nas cadelas), ausência de urina por mais de 24hs, convulsões e outros.

2o.) seja qual for o caso, procurar manter a calma. Em desespero, o proprietário pode cometer erros ou não conseguir colocar em prática uma medida simples, mas importante.

3o.) sempre analisar se o animal entrou em estado de CHOQUE. Este estado significa um deficiente suprimento de sangue para os orgãos vitais e pode ser fatal.
Os sintomas do estado de choque são:
- temperatura do corpo baixa, principalmente nas extremidades como patas e orelhas
- batimentos cardíacos acelerados
- respiração acelerada
- pode ou não haver perda da consciência
- gengivas muito pálidas
O animal pode entrar em choque em casos de hemorragias graves, atropelamentos, envenenamentos, choques elétricos intensos, desidratação grave, queimaduras graves e outras situações de emergência.
O que fazer:
- manter o animal deitado de lado
- manter a cabeça e região do tronco mais baixos do que a parte traseira do corpo. Isso garantirá que o sangue chegue ao cérebro e coração.
- aquecer o animal : enrole-o num cobertor e coloque uma bolsa de água quente ou garrafa com água quente próximo ao animal, se for possível.
- coloque a língua do animal para fora de um dos lados da boca, para garantir que a respiração não seja obstruída.
- estanque qualquer hemorragia ( ver conduta em casos de hemorragia )

4o.) transportar ou movimentar o animal delicadamente, para evitar traumatismos maiores e evitar que ele sinta dores. Se possível, improvise uma maca.

5o.) procurar auxílio veterinário o mais rápido possível. Para isso, tenha sempre à mão o telefone e endereço do hospital veterinário com plantão 24hs mais próximo de sua localidade ou de uma clínica veterinária bem equipada para atender a emergências.
Emergências

Parada cardíaca e/ou pulmonar: podem ocorrer isoladas ou conjuntamente.
- quando ocorre: em casos de animais que receberam um forte choque ao morder um fio elétrico, atropelamentos, quedas ou traumatismos graves, animais cardíacos, afogamentos, etc...
- sinais: colocando a mão sobre o lado esquerdo do peito do animal, não há sinais de batimentos cardíacos e/ou observando o tórax do animal, não há movimentos respiratórios.
- o que fazer: deve-se proceder a massagem cardíaca e respiração artificial dentro de , no máximo, 5 minutos. Deitar o animal sobre o lado direito.

Respiração artificial: com a sua mão, feche a boca do animal segurando firmemente o focinho. Eleve a cabeça do animal e encoste sua boca no focinho dele (você pode usar um lenço fino para evitar o contato direto). Sopre para dentro das narinas até sentir que o peito do animal se eleva. Deite a cabeça do animal e pressione o peito dele delicadamente para que o ar saia. Em 1 minuto, repita o procedimento 8 a 10 vezes. Verifique se o animal volta a respirar. Continue a respiração artificial, caso ele ainda não esteja respirando. Alterne o procedimento com outra pessoa quando você se cansar.



Massagem cardíaca: o cão deve estar deitado sobre o lado direito. Coloque a palma da sua mão sobre o coração do animal (veja a ilustração). Faça uma pressão firme e rápida sobre a região e solte. Você deve pressionar rapidamente e soltar uma vez por segundo. No caso de cães muito pequenos ou gatos, usar as pontas dos dedos para pressionar o coração. Massagear por um minuto e observar se os batimentos cardíacos voltam.



OBS: no caso de você ter que realizar conjuntamente a massagem cardíaca e respiração artificial, faça uma sequência de 5 ou 6 pressões sobre o coração, intercaladas por uma respiração.
Continue realizando esse procedimento a caminho do veterinário caso o animal ainda não voltou a ter sinais respiratórios ou cardíacos. Se você não tiver acesso rápido a um veterinário e já realizou a ressuscitação por mais de 30 minutos, sem sucesso, dificilmente o animal sobreviverá.

Hemorragias

Hemorragia é toda a perda de sangue que o organismo possa sofrer seja ela rápida (aguda) ou de forma lenta e gradativa (crônica). Neste guia iremos explicar como estancar uma hemorragia em casos de acidentes quando a perda sanguínea muito rápida pode ser fatal. Uma perda de grande volume de sangue em pouco tempo irá provocar uma parada cardíca, pois o coração não terá líquido suficiente dentro dos grandes vasos sanguíneos para bombear.
Hemorragias externas: fáceis de detectar pois você visualiza e perda de sangue. Normalmente, ela é provocada por um corte, perfuração ou brigas entre cães.
- superficiais: atinge só a pele. Os pequenos vasos que irrigam a pele são rompidos e a perda de sangue é considerável, mas raramente fatal.
o que fazer:
Aplique um pano limpo ou compressas de gase sobre o corte e pressione por alguns minutos. Mantenha a pressão até o sangramento parar. O tempo para que isso ocorra é variável e está relacionado com a região do corte e a extensão da lesão. Orelhas e patas sangram bastante. Encaminhe o animal para o veterinário para a desinfecção e sutura do corte. Se isso não for possível imediatamente, após o sangramento diminuir, limpe o local com água oxigenada. Curativos com gase e esparadrapo são difíceis de se manter pois o animal costuma retirá-los imediatamente. Desinfete e mantenha o local protegido por uma gase ou pano para impedir o acesso de moscas na lesão (podem causar miíase ou bicheira).
- vasos sanguíneos: se um vaso sanguíneo for atingido (veia ou artéria), a hemorragia pode ser grave e deve ser estancada imediatamente. Os vasos que podem ser atingidos mais facilmente localizam-se nas patas ,cauda ,orelhas e pescoço.
o que fazer:
A mesma técnica deve ser empregada: aplica-se um pano limpo sobre a lesão pressionando firmemente. No caso de vasos maiores, o sangue não irá parar facilmemte. Mantenha a pressão sobre a região até chegar ao veterinário. No caso de patas ou cauda você pode aplicar um torniquete (foto), ou seja, com um barbante, cordão ou até o cadarço de sapato, você amarra o membro um pouco antes da região do corte. O torniquete estancará a hemorragia imediatamente, mas você não deve mantê-lo por mais de 15 minutos ou apertá-lo muito sob o risco de gangrenar o membro por falta de suprimento de sangue. Se usar o torniquete, afrouxe-o a cada 15 minutos e depois volte a apertar.



- Hemorragia interna: esse tipo de hemorragia é difícil de detectar pois você não a visualiza. Após uma queda ou um acidente , o animal pode perder sangue por rompimento de um orgão ou um vaso interno.
o que fazer:
Se o animal estiver com uma hemorragia interna , ele perderá temperatura rapidamente e suas mucosas (gengivas e conjuntivas) ficarão muito pálidas. O animal pode perder a consciência e entrar em choque. Como não temos como diagnosticar a hemorragia interna, em casos de acidentes ou quedas, se houver perda de temperatura, palidez e perda de consciência, tratar o animal como no caso de choque e encaminhá-lo ao veterinário imediatamente.
Fonte: http://paginas.terra.com.br/educacao/apaa/GUIA%20PRIMEIROS%20SOCORROS.htm

domingo, 5 de agosto de 2007

Uso responsável da água



A nossa civilização adotou um modelo de desenvolvimento que, apesar de benefícios inegáveis, tem levado à exaustão de muitos recursos naturais. A água, fundamental para a vida, teve o seu consumo triplicado nos últimos 50 anos, ao mesmo tempo em que o manejo inadequado, com sua conseqüente poluição e contaminação, estão deixando-a sem condições de uso e comprometendo a vida no planeta. De toda a água existente no mundo menos de 1% encontra-se disponível em rios e lagos, dos quais uma parte importante tem problemas de poluição e/ou contaminação. Desta maneira, a água potável merece atenção especial, por ser um produto escasso e com a demanda crescente. O controle do desperdício torna-se uma premissa básica e, por conseqüência, é preciso rever hábitos e atitudes, discutir necessidades e padrões de consumo, que contemplem a administração dos custos ambientais e sociais, na busca por um redirecionamento da sociedade.
Fonte: Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental/ O CONSUMO RESPONSÁVEL DE ÁGUA POTÁVEL: UMA QUESTÃO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL de Maria Teresa Orlandin Nunes*e Maria Inês Copello Levy