quinta-feira, 15 de novembro de 2007

IMPACTOS AMBIENTAIS PROVOCADOS PELA EXPLORAÇÃO MINERAL


Ao longo de muitas décadas a extração mineral(Pedreiras, lavras e mineradoras), têm se firmado como uma atividade que, além de gerar empregos e ser fonte extra de renda para pequenos proprietários rurais, sobretudo nas localidades onde não há desenvolvimento ou perspectivas de melhoria social, também é uma atividade que causa enormes impactos ambientais, muitos destes irreversíveis.

A exploração mineral em si, já é uma atividade não sustentável, ou seja, o que foi extraído nunca mais será reposto, e existem procedimentos que têm que ser utilizados para minimizar o impacto ambiental da atividade, como cobertura vegetal, preservação de cursos d'água e da paisagem cênica, manutenção da flora e da fauna da região, controle sobre poluição sonora e disposição de rejeitos, etc.

Os efeitos ambientais estão associados, de modo geral, às diversas fases de exploração dos bens minerais, como à abertura da cava, (retirada da vegetação, escavações, movimentação de terra e modificação da paisagem local), ao uso de explosivos no desmonte de rocha (sobrepressão atmosférica, vibração do terreno, ultralançamento de fragmentos, fumos, gases, poeira, ruído), ao transporte e beneficiamento do minério (geração de poeira e ruído), afetando os meios como água, solo e ar, além da população local.


IMPACTOS AMBIENTAIS PROVOCADOS PELA EXPLORAÇÃO MINERAL

· alterações dos cursos d'água;
· aumento do teor do material sedimentado em suspensão, promovendo assoreamento,
· desmatamento;
· descaracterização do relevo;
· formação das cavas;
· assoreamento de cursos d'água, presentes;
· destruição de áreas de preservação permanente;
· destruição da flora e fauna.
· Alteração do meio atmosférico ( aumento da quantidade de poeira em suspensão no ar);
· Alteração dos processos geológicos (erosão, voçorocas, hidrogeologia), entre outros.


Não há como parar a exploração mineral uma vez que seus produtos são de grande importância para a sociedade. O grande desafio é explorá-los com responsabilidade e sutentabilidade, sem degradar o meio ambiente, ou ao menos minimizar estes impactos. E, para que isso ocorra é preciso haver uma conscientização do empreendedor de que é perfeitamente possível o desenvolvimento da mineração dentro de um conceito de sustentabilidade onde o mínimo de agressão ao ecossistema e o melhor aproveitamento dos recursos minerais são a base para prevenir futuras penalizações dos órgãos competentes, melhorar seu desempenho ambiental e garantir um meio ambiente ecologicamente equilibrado para todos.


Para saber mais clique aqui
fontes consultadas:
http://ddd.uab.es/pub/revibec/13902776v5p27.pdf
http://www.anuario.igeo.ufrj.br/anuario_2002/vol25_151_171.pdf



Imprimir esta pagina

domingo, 11 de novembro de 2007

Compostagem: Dando valor ao que não "presta"

Nestes últimos anos houve um aumento acentuado da produção de resíduos sólidos resultantes de uma sociedade extremamente consumista e globalizada, fruto do avanço tecnológico e crescimento econômico.Sua prática é baseada em "O QUE NÃO PRESTA JOGA-SE FORA!!" Isso, lamentavelmente, se afasta do modelo de desenvolvimento sustentável que tanto se almeja. Como consequência desse fenômeno, o tratamento e destino final dos resíduos sólidos tornou-se um processo de grande importância nas políticas sociais e ambientais dos países mais desenvolvidos. Como regra geral, a maior fração destes resíduos é ocupada pela matéria orgânica e um dos processos mais utilizados para lidar com esse material é a compostagem.
A compostagem é um processo biológico, através do qual os microrganismos convertem a parte orgânica dos resíduos sólidos urbanos (RSU) num material estável tipo húmus, conhecido como composto. A compostagem, embora seja um processo controlado, pode ser afetada por diversos fatores físico-químicos que devem ser considerados, pois, para se degradar a matéria orgânica existem vários tipos de sistemas utilizados.
Educação com o destino do lixo.Nada mais do que a obrigação de cada um de nós.
COMPOSTAGEM EM CASA
Este processo requer que cada indivíduo dentro da sua própria casa desenvolva um método de processar restos de jardim, principalmente folhas e aparas de relva. Se forem galhos, mato, toras de madeira, também funciona. O método mais simples requer a disposição do material numa pilha que vai ser regada e revolvida ocasionalmente, tendo em vista a promoção de umidade e oxigênio aos microorganismos da mistura. Durante o período de compostagem (que poderá levar um mês ou um ano), o material empilhado sofre decomposição por intermédio de bactérias e fungos até a formação de húmus. Quando este material composto se encontrar estabilizado biologicamente, poderá ser usado para correção de solos ou como adubo.
É importante salientar que sistemas imaginativos de compostagem em jardins têm sido desenvolvidos com grande êxito, devido a facilidade em construir o sistema.
COMO FAZER
Compostagem é como cozinhar, com muitas receitas e variações, você faz sucesso!
Esta poderá ser uma aproximação simples:

1. Recolha folhas, erva e aparas de jardim;
2. Coloque num monte ou caixote;
3. Salpicar com água, mantendo a umidade.

Para uma compostagem rápida (1-3 meses) alternar camadas de misturas verdes e materiais secos. Para arejar o empilhado, remexa e retalhe os materiais em bocados mais pequenos e umedeça-os. Para uma compostagem lenta (3-6 ou mais meses) adicionar, continuamente, material ao caixote e manter a umidade. É simples e novas receitas dentro deste contexto se encaixam perfeitamente!
Observação
Restos de comida, serão bem vindos, mas alimentos de origem animal (carne) podem atrair ratos e pragas do gênero.
FATORES FÍSICO-QUÍMICOS
Teor de Umidade
O teor ótimo de umidade para compostagem aeróbica compreende-se entre 50 a 60%. O ajuste de umidade pode ser feito por mistura de componentes. Na prática também se verifica que depende da eficácia do arejamento (manual ou mecânica) da massa em compostagem, nas características físicas dos resíduos (estrutura, porosidade etc.) e na carência microbiológica da água. Altos teores (~ 65%) fazem com que a água ocupe os espaços vazios da massa, impedindo a livre passagem do oxigênio, o que poderá provocar o aparecimento de zonas de anaerobiose.
Baixos teores de umidade (inferiores a 40%), inibem, por sua vez, a atividade microbiológica, diminuindo a taxa de estabilização.
O teor ótimo de umidade é de, aproximadamente, de 55%.
Controle de odores
A maior parte dos problemas de odores nos processos de compostagem aeróbia estão associados ao desenvolvimento de condições anaeróbias na pilha de compostagem.
Em grandes processos de compostagem aeróbia é comum encontrar fragmentos de revistas, livros e outros compostos orgânicos que não são compostados num espaço curto de tempo, e como o oxigênio nem sempre é suficiente, desenvolvem-se condições anaeróbias. Nestas circunstâncias, há produção de ácidos orgânicos que emitem odores intensos. Para minimizar os potenciais problemas de odores é importante reduzir o tamanho das partículas, retirar plásticos e outros materiais não biodegradáveis do material orgânico para compostar.
Qualidade do produto final
A qualidade do composto obtido pode ser definida em termos de composição de nutrientes e de matéria orgânica, pH, textura, distribuição do tamanho das partículas, percentagem de sais, odor residual, grau de estabilidade e maturação, presença de organismos patogênicos e concentração de metais pesados. Infelizmente, estes valores são bastante variáveis e não existe consenso quanto às quantidades ideais para estes parâmetros.
rápido. Para além do composto ser calibrado pode-se considerar que ocorre uma triagem biológica, já que as minhocas tendem a recuperar o material orgânico ligado ao inorgânico, valorizando também os inertes, dado que ficam mais limpos. Relativamente à qualidade do composto verifica-se uma melhoria tendo em consideração que à digestão das minhocas estão associadas enzimas e microorganismos. O processo de digestão demora menos de dois meses, permitindo que seja feito em espaços cobertos, em condições ambientais controladas.
PROBLEMAS
Os principais problemas associados à utilização do processo de compostagem são: os maus odores, os riscos para a saúde pública, a presença de metais pesados e a definição do que constitui um composto aceitável. A separação de plásticos e papéis também pode constituir um problema, pois, uma grande quantidade de papel reduz a proporção de nutrientes orgânicos e plásticos são muito lentos em sua decomposição, reduzindo a homogeneidade do composto. A não ser que estas questões sejam resolvidas e controladas, a compostagem pode tornar-se numa técnica inviável.
Produção de odores
Sem um controle apropriado do processo, a produção de odores pode tornar-se um problema. Como consequência a escolha da localização da estação de compostagem, o design do processo e a gestão do odor biológico são de extrema importância.
Produção de biogás
Esta é também uma consequência indireta da compostagem, pois, está relacionada com a deposição de materiais em aterro. A formação de biogás nos aterros pode ser bastante nociva para o ambiente, uma vez que, ocorre uma grande libertação de metano para a atmosfera que contribui para o aumento do efeito estufa. Constitui também um risco para a segurança do próprio aterro, uma vez que, pode provocar explosões. Existem processos que permitem a recolha deste gás para posterior combustão ou aproveitamento energético.
Riscos para a saúde pública
Se a operação de compostagem não for conduzida adequadamente existem fortes probabilidades de os organismos patogênicos sobreviverem ao processo. A ausência de microorganismos patogênicos no composto final é extremamente importante, uma vez, que este vai ser utilizado em aplicações às quais as pessoas vão estar diretamente expostas. No entanto, o controle desses microorganismos pode ser facilmente alcançado, quando o processo é eficiente e controlado. A maior parte dos microorganismos patogênicos são facilmente destruídos às temperaturas e tempos de exposição utilizados nas operações de compostagem (55ºC durante 15 a 20 dias).
Presença de metais pesados
Pode afetar todas as operações de compostagem, mas principalmente, aquelas onde se utilizam esfarrapadoras mecânicas. Quando os metais dos resíduos sólidos são desfeitos, as partículas metálicas que se formam podem ficar agarradas aos materiais mais leves. Depois da compostagem estes materiais vão ser aplicados ao solo, podendo provocar sérios problemas de toxicidade. Normalmente, a quantidade de metais pesados encontrados no composto produzido a partir da parte orgânica dos RSU é bastante inferior a verificada nas lamas de águas residuais. Quando há separação prévia dos resíduos, a concentração de metais pesados é ainda menor. A co-compostagem de lamas de águas residuais com a parte orgânica dos RSU é uma solução para reduzir a concentração de metais nas lamas.
Texto: Renato Russo
Disponível em http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt10.htm

domingo, 4 de novembro de 2007

BEBER OU NÃO BEBER LEITE??


O consumo exagerado de leite pode aumentar os riscos das mulheres desenvolverem câncer de ovário, revelou um estudo sueco publicado na revista científica American Journal of Clinical Nutrition.

A pesquisa, realizada pelo prestigiado Instituto Karolinska, acompanhou mais de 60 mil mulheres.
Os pesquisadores concluíram que mulheres que bebem dois ou mais copos de leite por dia aumentam os riscos em até 50% de desenvolverem formas mais agressivas da doença. Leite e produtos derivados do leite já haviam sido associados a outros tipos de tumores malignos, como os de seio e próstata.
O leite e seus derivados como queijos, cremes e manteiga são alimentos nutritivos, mas o seu uso diário e sistemático aumentou o risco de câncer de próstata em 42 países. No Japão a mortalidade por câncer de próstata era baixa em relação aos países ocidentais, aumentando significativamente após a Segunda Guerra Mundial, com a ocidentalização da dieta japonesa, quando o leite e derivados foram os itens alimentares que mais aumentaram em relação aos demais . Ficou estabelecido que o leite e derivados são fatores de risco para o câncer de próstata em 11 pesquisas publicadas entre 1984 e 2003”. Também são fatores de risco para outros tipos de câncer, principalmente o câncer de mama” .
As explicações disponíveis para estes fatos são as seguintes:

1) As gorduras saturadas do leite e derivados são excessivas e promovem o aparecimento do câncer. O tempo de promoção é longo, podendo passar 20 ou mais anos até surgir o câncer se não for interrompido o uso de leite e seus derivados .
2) A deficiência em fibras da alimentação, pelo uso sistemático de cereais e farinhas de cereais refinados, facilita a absorção destas gorduras.
3) As proteínas animais do leite e derivados e das carnes estimulam a síntese do I.G.F.1 (insulin like growth factor-l), fator de crescimento do câncer.
4) O alto teor em cálcio do leite e derivados suprime a conversão da 25 (OH) vitamina D para 1,25 (OH)2 vitamina D. Esta última tem efeito protetor contra o câncer de próstata (12).
5) O leite contém hormônios femininos (13-14). Os níveis circulatórios de hormônios femininos aumentam com o consumo de leite (15-16). O 17-B estradiol do leite é cancerígeno para a próstata (17).
6) O leite e derivados contêm altos níveis de I.G.F.-1 (18), para o crescimento do bezerro. Quanto mais leite e derivados consumimos, maiores os nossos níveis sanguíneos de I.G.F.-1. O I.G.F.-1 é fator de risco para câncer de próstata em seres humanos. Quanto mais elevados os níveis sanguíneos de I.G.F.-1, maior o risco de câncer de próstata (19).
7) O alto nível de estrógenos e I.G.F.-1 do leite desnatado promovem o aparecimento de câncer de mama em ratos (11). Portanto, além das gorduras saturadas existem outros fatores promotores do câncer no leite e derivados.

O leite e seus derivados vêm sendo pesquisados como fatores de risco para o câncer desde 1980, havendo 47 publicações que demonstram esta relação.

Sem dúvida o leite e seus derivados são alimentos nutritivos, tanto podemos observar que o bezerro, com 60kg ao nascer, pesa cerca de 500kg aos sete meses, tendo o leite como único alimento. Após esta idade, com dentição completa, este animal não mais irá ingerir leite.
Comparativamente o ser humano tem aproximadamente 3kg ao nascer e 9kg aos sete meses. O leite de vaca não tem composição projetada geneticamente para o nosso organismo. (Burkitt).
Para uma perfeita digestão, o leite precisa de enzimas que são fundamentais no processo, que são a renina(quimosina) e a lactase. A maioria dos seres humanos só produz estas enzimas até os três anos de idade; após este período há uma drástica redução em sua produção, sendo que algumas pessoas simplesmente param de produzi-las. Este fenômeno torna inviável a transformação do produto, fazendo o leite bem pouco assimilável pelo organismo.
O leite contém proteínas em abundância! Cerca de 80% dessas proteínas são caseína, a mesma cola usada para montar móveis e para fixar o rótulo na garrafa de cerveja. O Dr. Spock, o maior pediatra dos Estados Unidos, considera a caseína como principal causa de mucosidade, congestão e dores de ouvido na infância.
Vários outros estudos estão em andamento e avaliará com maior clareza o impacto da dieta no surgimento de tumores malignos.
Por enquanto, especialistas recomendam por via das dúvidas uma dieta moderada de leite, associando com uma alimentação balanceada.

BIBLIOGRAFIA
Qin, L.Q.: “Milk consumption is a risk factor for prostate cancer: metaanalysis of case-control studies” – Nutrition and câncer. 48 (1) 22-27 – 2004.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2004/11/041129_ovariomtc.shtml

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Matas Ciliares


O que é Mata Ciliar?

Mata ciliar é a formação vegetal localizada nas margens dos rios, córregos, lagos, represas e nascentes. Também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária. Considerada pelo Código Florestal Federal como "área de preservação permanente", com diversas funções ambientais, devendo respeitar uma extensão específica de acordo com a largura do rio, lago, represa ou nascente.

O que acontece sem a mata ciliar?

O uso das áreas naturais e do solo para a agricultura, pecuária, loteamentos e construção de hidrelétricas contribuiram para a redução da vegetação original, chegando em muitos casos na ausência da mata ciliar.

ESCASSEZ DA ÁGUA

A ausência da mata ciliar faz com que a água da chuva escoe sobre a superfície, não permitindo sua infiltração e armazenamento no lençol freático. Com isso, reduzem-se as nascentes, os córregos, os rios e os riachos.

EROSÃO E ASSOREAMENTO



A mata ciliar é uma proteção natural contra o assoreamento. Sem ela, a erosão das margens leva terra para dentro do rio, tornando-o barrento e dificultando a entrada da luz solar.


PRAGAS NA LAVOURA

A ausência ou a redução da mata ciliar pode provocar o aparecimento de pragas e doenças na lavoura e outros prejuízos econômicos às propriedades rurais.

QUALIDADE DA ÁGUA


A mata ciliar reduz o assoreamento dos rios, deixa a água mais limpa, facilitando a vida aquática.

IMPEDE A FORMAÇÃO DE CORREDORES NATURAIS

Essas áreas naturais possibilitam que as espécies, tanto da flora, quanto da fauna, possam se deslocar, reproduzir e garantir a biodiversidade da região.

Para que preservar as Matas Ciliares?

- Reter/filtrar resíduos de agroquímicos evitando a poluição dos cursos d’água
- Proteger contra o assoreamento dos rios e evitar enchentes
- Formar corredores para a biodiversidade
- Recuperar a biodiversidade nos rios e áreas ciliares
- Conservar o solo
- Auxiliar no controle biológico das pragas
- Equilibrar o clima
- Melhorar a qualidade do ar, água e solo
- Manter a harmonia da paisagem
- Melhorar a qualidade de vida

Quais os danos ambientais decorrentes da redução da cobertura florestal e das matas ciliares?
- perda de qualidade da água
- erosão e perda de nutrientes do solo
- aumento de pragas das lavouras.
- assoreamento dos rios e enchentes
- alterações e desequilíbrios climáticos(chuva e aumento da temperatura)
- redução da atividade pesqueira

Legislação

A mata ciliar é uma área de preservação permanente, que segundo o Código Florestal (Lei n.° 4.771/65) deve-se manter intocada, e caso esteja degradada deve-se prever a imediata recuperação.e. Essa lei já existe há 40 anos! Mas nem sempre foi cumprida.
Toda a vegetação natural (arbórea ou não) presente ao longo das margens dos rios, e ao redor de nascentes e de reservatórios, deve ser preservada. De acordo com o artigo 2° desta lei, a largura da faixa de mata ciliar a ser preservada está relacionada com a largura do curso d'água. A tabela abaixo apresenta as dimensões das faixas de mata ciliar em relação à largura dos rios, lagos, represas e nascentes.

Os ecossistemas formados pelas matas ciliares desempenham suas funções hidrológicas das seguintes formas:

Estabilizam a área crítica, que são as ribanceiras dos rios, pelo desenvolvimento e manutenção de um emaranhado radicular;
Funcionam como tampão e filtro entre os terrenos mais altos e o ecossistema aquático, participando do controle do ciclo de nutrientes na bacia hidrográfica, através de ação tanto do escoamento superficial quanto da absorção de nutrientes do escoamento subsuperficial pela vegetação ciliar;
Atuam na diminuição e filtragem do escoamento superficial impedindo ou dificultando o carreamento de sedimentos para o sistema aquático, contribuindo, dessa forma, para a manutenção da qualidade da água nas bacias hidrográficas;
Promovem a integração com a superfície da água, proporcionando cobertura e alimentação para peixes e outros componentes da fauna aquática;

Através de suas copas, interceptam e absorvem a radiação solar, contribuindo para a estabilidade térmica dos pequenos cursos d'água.

A mata ciliar e a qualidade da água

O principal papel desempenhado pela mata ciliar na hidrologia de uma bacia hidrográfica pode ser verificado na quantidade de água do deflúvio.
Em estudos realizados para verificar o processo de filtragem superficial e subsuperficial dos nutrientes, N, P, Ca, Mg e Cl, através da presença da mata ciliar, as conclusões foram as seguintes:
A manutenção da qualidade da água em microbacias agrícolas depende da presença da mata ciliar;
A remoção da mata ciliar resulta num aumento da quantidade de nutrientes no curso d'água; Esse efeito benéfico da mata ciliar é devido à absorção de nutrientes do escoamento subsuperficial pelo ecossistema ripário.

O consumo de água pela mata ciliar

Em regiões semi-áridas, onde a água é limitante, a presença da mata ciliar pode significar um fator de competição. Isso se deve ao fato de que as árvores das matas ciliares apresentam suas raízes em constante contato com a franja capilar do lençol freático. Nesse caso, o manejo da vegetação ripária pode resultar numa economia de água.
No caso de se pensar em aumentar a produção de água de uma bacia mediante o corte da vegetação da mata ciliar em regiões semi-áridas, deve-se considerar que a eliminação da vegetação deve ser por meio de cortes seletivos e jamais por corte raso.
Isso porque as funções básicas das matas ciliares, manutenção de habitat para fauna, prevenção de erosões e aumento da temperatura da água devem ser mantida. Na região sul do Brasil, onde o clima é subtropical sempre úmido, e chove em média 1350 mm por ano, a competição das matas ciliares não compromete a produção de água nas bacias hidrográficas a ponto de serem feitos cortes rasos.

Fonte:

http://www3.pr.gov.br/mataciliar/index.php

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Toxicologia Ambiental e saúde


Uma jovem afirmou: "Levo uma vida muito saudável. Como hortaliças e frutas frescas. Entretanto, o meu organismo é um coquetel de produtos químicos. Ao engravidar vou transmitir o veneno ao filho no meu ventre." O que é pior: mesmo o pesticida altamente tóxico DDT, proibido desde os anos 70 porque provoca câncer, ainda estava presente no organismo dessa mulher.
Há décadas esses produtos tóxicos são produzidos, com resultados cada vez mais visíveis. O números de cânceres cresce constantemente e as alergias aumentam rapidamente, chegando a produzir síndromes antes desconhecidas, como MCS, a síndrome de sensibilidade múltipla a produtos químicos, e CFS ou ME, a síndrome de fadiga crônica.
Em uma pesquisa realizada pela Universidade de Leicester, Grã-Bretanha, encontraram em uma única célula, de pessoa com 30 anos de idade, 500 substâncias químicas artificiais. Todas foram desenvolvidas e aplicadas no século 20. Posteriormente foi descoberto que muitas dessas são substâncias tóxicas, mesmo em quantidades mínimas. Muitas hoje são proibidas — porém não desaparecem, mas sempre voltam ao ciclo da natureza.

Muitos países ainda não aderiram à proibição desses tóxicos, que assim continuam sendo disseminadas através do mundo pela água, pelo ar, pelas lavouras, pelos alimentos.
A CASA PERIGOSA
Sistemas de aquecimento
Aquecedores a querosene e gás engarrafado.
Riscos: Monóxido de carbono, bióxido de nitrogênio, gás carbônico, gás sulfuroso.
Fogão, aquecedor e caldeira a gás.
Riscos: CO, NO2, CO2, SO2. Vazamento da chama do piloto.
Fogão a lenha e lareira
Riscos: CO2, fumaça, benzopireno.
Eletricidade
Fiação e aparelhos elétricos (TV, vídeo, eletrodomésticos, ferramentas elétricas, secador de cabelos, copiadora, etc.).
Riscos: Radiação eletromagnética de baixa dose, Ozônio.
Geladeira.
Riscos: CFCs (clorofluorcarbonetos) emitidos pelo sistema de refrigeração.

Forno de microondas.
Riscos: Irradiação por correntes de fuga. Alteração das proteínas.
Lâmpadas fluorescentes.
Riscos: PCBs dos starters e radiação eletromagnética.
Água
Riscos: Chumbo e outros metais pesados do encanamento. Nitratos, outros poluentes e produtos químicos. Bactérias nos chuveiros.
Ar

Sistemas de ar condicionado e ventilação, umidificadores.
Riscos: Microorganismos disseminados pelo ar, fungos, mofo. CFCs emitidos por alguns sistemas.
Materiais de construção
Gesso, cimento.
Riscos: Formaldeído. Podem conter níveis elevados de radônio.
Amianto (asbesto) nos materiais usados para isolamento acústico e resistentes ao fogo (ao redor de canos e aquecedores).
Telhas, piso, divisórias, caixas d'água e floreiras.
Riscos: Fibras minerais minúsculas que se desprendem e podem provocar problemas pulmonares graves. como asbestose e câncer do pulmão.
Isolamento com espuma.
Riscos: Formaldeído.
Madeira
Compensados usados em móveis, divisórias, pisos e paredes.
Riscos: Vapores de formaldeído emitidos pelas resinas usadas para a junção, principalmente, quando o compensado é novo. O risco é maior em clima quente, úmido.
Tratamento da madeira com inseticidas e fungicidas
Riscos: Lindano, pentaclorofenol ( PCPs ). Tecidos e fibras sintéticas
Por exemplo : polipropileno e poliéster usado em carpetes, forros, tapeçaria, colchões e roupas.
Riscos: Vapores de formaldeído, inseticidas, retardadores de combustão, produtos para não manchar e amarrotar, plásticos moles. Tintas, vernizes e removedores químicos
Usados em paredes, pisos, tetos, lambris e móveis
Riscos: Vapores tóxicos (os removedores de tinta são os mais tóxicos). Fungicidas e inseticidas. Metais.
Adesivos
Adesivos, colas e resinas usados para tacos, móveis, papel de parede e vedações.
Riscos: Vapores tóxicos (principalmente formaldeído) durante aplicação e secagem.
Metais
Usados na fabricação de panelas, tintas e nos encanamentos.
Riscos: Metais como chumbo, cádmio, mercúrio, alumínio, cobre são liberados na água. Tintas contêm chumbo e cádmio. Alumínio das panelas pode passar para os alimentos.
Plásticos
Espumas em estofados, colchões, travesseiros e almofadas.
Riscos: Como o polieuretano representa grave risco de incêndio, seu uso é proibido em diversos países.
Plásticos de vinil e pisos, paredes, instalação elétrica, lambris, papel de parede.
Riscos: Formaldeído e outros vapores tóxicos, cloreto de vinil.
Acrílicos usados na imitação de vidro e em embalagens.
Riscos: Vapores tóxicos, possivelmente cancerígenos.
Plásticos moles (termoplásticos) usados em inúmeros produtos domésticos (p.ex : embalagens e estocagem).
Riscos: Vapores (principalmente no calor) que contaminam os alimentos.
Produtos de limpeza
Produtos usados para limpar fornos e carpetes, polidores, branqueadores, desinfetantes, detergentes, aerosóis e produtos usados na higiene pessoal.
Riscos: Formaldeído, fenóis, cloreto de vinil, aldeídos, benzeno, tolueno, acetona, amoníaco, cloro, lixivia. Todos são extremamente tóxicos se engolidos. Os aerosóis que contém CFCs.
Praguicidas e fungicidas
Riscos: Tóxicos, possivelmente cancerígenos.
EFEITO BIOLÓGICO DOS POLUENTES E DAS TOXINAS


Gases de combustão
Monóxido de carbono (CO): Gás tóxico incolor, inodoro, produzido pela combustão incompleta de chamas de gás, madeira, carvão, tabaco e pelos veículos.
Efeito biológico: CO reduz a absorção de oxigênio, causando dores de cabeça, tontura, náusea e perda de apetite. (
Óxido de nitrogênio NO e NO2): Gases tóxicos, de forte odor, produzidos pela combustão incompleta de chamas de gás em fogões e aquecedores.
Efeito biológico: NO2, o mais tóxico dos dois gases, afeta o sistema respiratório.
Gás sulfuroso (SO2): Gás tóxico de cheiro sufocante, presente na fumaça de carvão e lenha, emitido por aquecedores a querosene SO2, produz poluição urbana e chuva ácida.
Efeito biológico: SO2 pode produzir problema respiratório (bronquite, asma) e dor de cabeça.
Dióxido de carbono (CO2 gás carbônico): Gás incolor e inodoro produzido pela combustão de gás em botijões.
Efeito biológico: Em ambientes sem boa ventilação, pode afetar o sistema nervoso central e tornar as reações mais lentas.
Compostos orgânicos voláteis
Formaldeído (HCHO é muito usado em colas, na produção de compensados e produtos plásticos. Como conservante, está presente em papéis, carpetes, móveis, cosméticos, espumas. Na roupa de cama e no vestuário, é usado para dar o acabamento. Também aparece na fumaça de carros e cigarros. À temperatura ambiente, os vapores tóxicos emitidos contaminam o ar.
Efeito biológico: Formaldeído é um gás bactericida que irrita fortemente a pele, os olhos, nariz e garganta, provoca dor de cabeça, tontura, náusea, dificuldade de respirar. Pode causar sangramento no nariz e depressão. Pode afetar as células genéticas e se tornar cancerígeno.
Organoclorados esses compostos de hidrocarboneto e cloro formam a base de muitos produtos químicos sintéticos. São encontrados em produtos de limpeza, purificadores do ar e polidores. São as substâncias voláteis mais tóxicas e estáveis. Incluem os PCBs (bifenil policlorado), conhecidos cancerígenos; PVC (cloreto polivinil) um plástico que emana gases para os alimentos estocados; cloraminas, gases tóxicos que são liberados quando água sanitária é misturada com um produto à base de amoníaco. Outras substâncias voláteis perigosas incluem amoníaco, terebintina e acetona em solventes e produtos de limpeza; naftalina em bolinhas contra traças; cloro na água sanitária.
Efeito biológico:Os vapores penetrantes dos compostos orgânicos voláteis provocam grave irritação na pele, nos olhos e nos pulmões. Causam dor de cabeça e náusea e prejudicam o sistema nervoso central. Todos são cancerígenos. Os vapores em solventes, praguicidas e soluções de limpeza, além de irritar a pele e causar depressão e dor de cabeça, podem prejudicar o fígado e os rins. A cloramina pode ser fatal.
Fenóis são substâncias cáusticas que encontramos em desinfetantes, resinas, plásticos e na fumaça de cigarro. As resinas de fenóis sintéticos em plástico duro, tintas e vernizes, contêm formaldeído. É preciso ter cuidado para nunca inalar pentaclorofenol, presente em fungicidas e produtos para conservar a madeira.
Efeito biológico: :Fenóis são corrosivos para a pele e danificam o sistema respiratório.
Partículas
Asbesto (amianto) são fibras perigosas obtidas na mineração de silicato natural, de cálcio e magnésio. Seu uso como material isolante e a prova de fogo é proibido em muitos países.
Efeito biológico:As fibras de amianto suspensas no ar constituem um grave risco para a saúde, pois causam asbestose e câncer.
Metais. Microelementos de chumbo, cádmio, mercúrio, alumínio e cobre, podem ser absorvidos e acumulados no organismo, atingindo níveis tóxicos.
Cádmio é um metal pesado usado como pigmento amarelo, laranja e vermelho do plástico. Carvão, óleo combustível e adubos químicos contém cádmio. Aparece no ar através da queima do lixo e da indústria e penetra no organismo pelo ar e pelos alimentos expostos à poluição.
Efeito biológico: Cádmio já em doses mínimas provoca envenenamento grave e prolongado. Produz danos também nos ossos, pulmões e ao sangue.
Chumbo: é um metal pesado que está presente nos encanamentos velhos e atinge o organismo através dos alimentos e utensílios usados na cozinha (por exemplo, cerâmica com esmalte à base de chumbo).
Efeito biológico: Chumbo afeta a respiração das células, o sistema nervoso e o sistema que produz o sangue. As consequências são a perda de memória, problemas do estômago e do fígado. O risco é maior para crianças e para gestantes, pois o chumbo pode afetar o feto.
Mercúrio é um metal líquido venenoso. É usado em termômetros, pilhas, lâmpadas, obturações de amálgama e na garimpagem do ouro. Através da queima do lixo atinge o meio ambiente.
Efeito biológico: A inalação ou ingestão de gases compostos de mercúrio produz efeitos graves sobre o organismo. Os sintomas só aparecem muito mais tarde, como falta concentração, depressão, queda de cabelo, sangramento do nariz, problemas nos olhos e nos sentidos.
Alumínio pode passar da panela para a comida.
Efeito biológico: Alumínio e mercúrio são encontrados em nível elevado no cérebro de pacientes com a Doença de Alzheimer.
_____
Fonte: texto adaptado de Natürlich Leben, nº. 4 de 2000.
http://www.taps.org.br/Paginas/cancerarti03.html
Em apenas 100 anos
o nosso organismo se tornou
um depósito de lixo tóxico ....
e o próprio homem é o culpado !

sábado, 6 de outubro de 2007

Filhotes de foca: Esporte ou Massacre?

quero viverClique na imagem e veja a apresentação.

O massacre de 350 000 filhotes de foca
no Canadá e na noruega é um exemplo de como
o interesse comercial pode levar à
exploração irracional da natureza

Clique aqui para assinar o abaixo assinado contra essa matança absurda e desumana!!




Caçador usa porrete para abater filhote de foca:100 reais por cada animal morto



Com um porrete na mão, o caçador se aproxima do filhote de foca. O animal de olhos grandes e negros se assusta com a presença humana, mas não tem como fugir, pois se movimenta com dificuldade em terra e ainda não sabe nadar. Uma batida forte, bem atrás da cabeça, nem sempre é suficiente para matar o filhote. O caçador, porém, não se preocupa em abreviar o sofrimento da presa. Enquanto a foca ainda se debate, sua pele é retirada com a ajuda de um facão. Em apenas dois dias da semana passada, essas cenas se repetiram a um ritmo alucinante numa vasta área gelada da costa leste do Canadá. No total, 247.000 bebês focas, ou noventa por minuto, foram abatidos, no maior massacre desse tipo de mamífero marinho desde os anos 50. Um mês antes, outros 100.000 filhotes haviam sido mortos na província de Quebec. As focas abatidas tinham entre doze dias e três meses de idade. Foi morto um em cada três bebês nascidos neste ano.


A matança é um exemplo de como o homem pode explorar a natureza de forma irracional. O governo canadense alega razões econômicas e ecológicas para autorizar o massacre, que é disfarçado como modalidade esportiva. O argumento é que a superpopulação de focas no Atlântico Norte, estimada em 5,2 milhões, está reduzindo o estoque de bacalhau, peixe que tem na foca seu grande predador e um dos pilares da economia local. Estudos científicos culpam o crescimento da indústria pesqueira, e não as focas, pelo desequilíbrio ecológico da região. Os 60 milhões de reais movimentados pelo massacre desses animais são uma quantia irrelevante na economia canadense, uma das maiores do mundo. Além disso, a temporada de caça é sazonal e beneficia pouco mais de 10.000 pessoas. Cada pele de bebê foca é vendida pelo equivalente a 100 reais. Nesta época do ano, início da primavera no Hemisfério Norte, ocorre a troca de pelagem dos filhotes. A parte mais valiosa do animal é justamente a lanugem, pele grossa e felpuda dessa fase da infância. Os caçadores também lucram com outras partes do corpo. Do óleo da foca são produzidas cápsulas para combater a artrite. Os órgãos sexuais são enviados a compradores asiáticos, que lhes atribuem poderes afrodisíacos.



Filhote de foca: eles são mortos com menos de três meses de vida por causa da pelagem da infância

Há vinte anos, a matança indiscriminada da foca canadense chegou a colocar a espécie sob risco de extinção. Na época, fotos do massacre chocaram o mundo. Pressionadas pela mobilização de ambientalistas e pelo boicote à comercialização de peles, que recebeu a adesão dos Estados Unidos e da União Européia, as autoridades canadenses decidiram reduzir a cota de abate anual para 15.000 animais. Protegidas, as focas começaram a se multiplicar. A retomada da venda de peles no mercado internacional, sobretudo com as compras feitas pela Rússia e pela Polônia, e a pressão do lobby pesqueiro levaram o governo canadense a rever de forma gradativa as cotas anuais de abate. Só neste ano, 100.000 focas a mais foram mortas com chancela oficial. O massacre terminou um dia antes do prazo, quando a cota máxima foi atingida. A maioria dos caçadores ignorou a exigência do governo de só abater os filhotes a tiros, para evitar o sofrimento do animal. No fim, as focas acabaram entregues à própria sorte.
Fontes:
http://veja.abril.com.br/210404/p_060.html

http://www.petmg.com.br/

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Controle Biológico


Controle biológico é um fenômeno que acontece espontaneamente na natureza e consiste na regulação do número de plantas e animais por inimigos naturais. É uma estratégia que o homem vem utilizando há muito tempo para o controle de patógenos, pragas e ervas daninhas.

O termo Controle Biológico foi empregado pela primeira vez em 1919, por H.S. Smith, para designar o uso de inimigos naturais para o controle de insetos-praga. Posteriormente essa expressão foi usada para designar todas as formas de controle, alternativas aos produtos químicos, que envolvessem métodos biológicos. Assim, o Controle Biológico denominava técnicas tão diversas como o uso de variedades resistentes, rotação de culturas, antecipar ou retardar as épocas de plantio e colheita, queima de restos de culturas, destruição de ramos e frutos atacados, uso de atraentes e repelentes, de feromônios e de armadilhas.

O controle biológico é um componente fundamental do equilíbrio da Natureza, cuja essência está baseada no mecanismo da densidade recíproca, isto é, com o aumento da densidade populacional da presa, ou do hospedeiro, os predadores, ou parasitos, tendo maior quantidade de alimento disponível, também aumentam em número. Desta maneira, os inimigos naturais causam um declínio na população da praga. Posteriormente, a população do inimigo natural diminui com a queda no número de presas, ou hospedeiros, permitindo que a população da praga se recupere e volte a crescer. Neste caso, os parasitos e predadores são agentes de mortalidade dependentes da densidade populacional da praga.

Em comparação ao controle químico o controle biológico apresenta vantagens e desvantagens. Entre as vantagens pode-se citar que é uma medida atóxica, não provoca desequilíbrio, não possui contra-indicações, propicia um controle mais extenso e é eficiente quando não existe maneira de se utilizar o controle químico. Em compensação requer mais tecnologia, possui um efeito mais lento, não é de tão fácil aquisição, nem sempre pode ser aplicado em qualquer época do ano e, geralmente, é mais caro.

Tipos de Controle Biológico:

Controle biológico artificial é quando o homem interfere de modo a proporcionar um aumento de seres predadores, parasitos ou patógenos, podendo esses serem: insetos (mais atuantes no controle biológico natural), fungos , vírus, bactérias , nematóides e ácaros.

Controle biológico clássico . Importação e colonização de parasitóides ou predadores, visando ao controle de pragas exóticas (eventualmente nativas). De maneira geral, as liberações são realizadas com um pequeno número de insetos por uma ou mais vezes em um mesmo local. Neste caso o controle biológico é visto como uma medida de controle em longo prazo, pois a população dos inimigos naturais tende a aumentar com o passar do tempo e, portanto, somente se aplica a culturas semiperenes ou perenes.

Controle biológico natural . Refere-se a população de inimigos que ocorrem naturalmente.São muito importantes em programas de manejo de pragas, pois são responsáveis pela mortalidade natural no agroecossistema e, conseqüentemente, pela manutenção de um nível de equilíbrio das pragas.

Controle biológico aplicado. Trata-se de liberações inundativas de parasitóides ou predadores, após criação massal em laboratório. Esse tipo de controle biológico é bem aceito pelo usuário, pois tem um tipo de ação rápida, muito semelhante à de inseticidas convencionais. O CBA refere-se ao preceito básico de controle biológico atualmente chamado de multiplicação (criações massais), que evoluiu muito com o desenvolvimento das dietas artificiais para insetos, especialmente a partir da década de 70.

DEFINIÇÕES

Parasita. É um organismo usualmente menor que o hospedeiro. Os parasitas podem completar seu ciclo de vida em um único hospedeiro e na maioria das vezes não matam o hospedeiro. Ex. piolho.

Parasitóide. Inicialmente parasitam o hospedeiro causando sua morte até o final do seu ciclo evolutivo.É muitas vezes do mesmo tamanho do hospedeiro, mata este e exige somente um indivíduo para completar o desenvolvimento; o adulto tem vida livre.

Predador. Sempre atacam e matam sua presa. È um organismo de vida livre durante todo o ciclo de vida. Usualmente é maior do que a presa e requer mais do que uma para completar o seu desenvolvimento. Ex. leão

Os predadores podem ser classificados em:

Monófagos. Comem apenas uma espécie de presa.

Estenófagos . Comem um número restrito de espécies.

Oligófagos. Comem um número moderado de espécies.

Polífagos . Comem um grande número de espécies.

Insaciáveis . Matam indiscriminadamente. Ex. Aranhas

Agentes de controle


O controle biológico envolve o reconhecimento de que todas as espécies de plantas e animais têm inimigos naturais atacando seus vários estágios de vida. Dentre tais inimigos naturais existem grupos bastante diversificados, como insetos, vírus, fungos, bactérias, aranhas, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. A forma mais conhecida de controle biológico é o controle de insetos por outros insetos. Isto acontece o tempo todo nos sistemas agrícolas de forma natural, independentemente da ação do homem: por exemplo, muitos insetos se alimentam naturalmente de outros insetos, ou populações de insetos são às vezes sujeitas a epidemias as que acabam matando. No entanto, em alguns casos, a interferência do homem passa a ser necessária e são introduzidos ou manipulados insetos ou outros organismos para controlar quaisquer outras espécies que prejudicam os cultivos.

Os mais utilizados no controle biológico artificial são fungos , bactérias e vírus, para os quais há inclusive formulações comerciais a venda em lojas de produtos agrícolas (como o Dipel, entre outros). Os animais insetívoros (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos), por serem inespecíficos, apesar de destruírem um grande número de insetos, não são usados em controle biológico pelo homem. Neste grupo incluem-se, por exemplo, lagartixas, sapos, rãs, tamanduás, tatus, etc. Veja tabela abaixo alguns microorganismos usados para controle biológico de pragas:


O mercado

O interesse pelos programas de controle biológico de pragas tem crescido consideravelmente no mundo em função do novo direcionamento internacional da produção agrícola de favorecer a conservação e o uso sustentável dos recursos biológicos, requisitos básicos da Convenção da Biodiversidade. Políticas internacionais demandam fortemente alternativas para os agrotóxicos, e a utilização de inimigos naturais de pragas é uma alternativa promissora. Em um país como o Brasil, que despeja, por ano, cerca de 260 mil toneladas de agroquímicos nas lavouras e onde o consumo de praguicidas cresceu 60% nos últimos quinze anos o controle biológico parece ser uma alternativa não apenas ecologicamente correta, mas também economicamente justificável.

Atualmente, existem disponíveis no mercado cerca de 200 produtos de controladores biológicos registrados, os chamados bioinseticidas, com faturamento anual de 300 milhões de colares, o que corresponde apenas a 1% do faturamento conseguido pelos compostos químicos empregados com a mesma finalidade.

Do ponto de vista do mercado consumidor é importante notar que os consumidores estão cada vez mais exigentes, preferindo alimentos saudáveis e cuja produção não agrida o meio ambiente.

Para os produtores ainda há a vantagem no preço: os produtos orgânicos obtêm preços médios de 30% a 40% acima do valor do produto convencional e está conquistando o mundo. Na Europa, a agricultura orgânica cresce 25% ao ano, e na Áustria a produção agrícola orgânica atinge 40% da produção total. No Brasil, décimo produtor mundial, o crescimento anual está numa média de 10%, e no ano passado movimentou cerca de 150 milhões de dólares, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO). No mundo, o movimento chega a US$ 24 bilhões, de acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas.

Considerando as vantagens da produção com custos mais baixos, da diminuição dos impactos ambientais, do aumento da segurança alimentar e da menor exposição dos trabalhadores rurais a substâncias tóxicas, o controle biológico de doenças, insetos e plantas daninhas se torna, cada vez mais, uma prática comum em nosso meio rural, tornando a agricultura e os alimentos mais saudáveis. É possível reduzir em até 60% a aplicação de agrotóxicos realizando-se o manejo ecológico adequado. Práticas como as do controle biológico, além de ser ecologicamente recomendáveis e moralmente satisfatórias, diminuem o custo de produção ao agricultor e permite uma produção desprovida de agentes químicos, tão valorizada hoje em dia no mercado internacional.

O Brasil é um dos poucos países do mundo detentores da chamada megadiversidade biológica, ou seja, de ecossistemas importantes ainda íntegros.Essa biodiversidade pode oferecer uma oportunidade ímpar para o controle biológico de pragas no país, como também, em outros países do mundo, com a identificação de novos organismos vivos com potencial de serem utilizados no controlebiológico.

Os inimigos naturais são de grande importância para agricultura sustentável, e podem, freqüentemente, substituir ou reduzir a necessidade de utilização dos agrotóxicos, sendo um importante componente no manejo ecológico de pragas. A tendência do uso do controle biológico de pragas é aumentar,consideravelmente,no âmbito global, atendendo às demandas internacionais na utilização de práticas agrícolas menos agressivas ao meio ambiente.
Fontes:
http://www.floresta.ufpr.br/~lpf/contbio01.html
http://www.planetaorganico.com.br/controle.htm

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Reduzir, Reutilizar e Reciclar


Nos primórdios, o lixo era constituído de restos de alimentos, ossos e outros materiais que a natureza podia assimilar facilmente.
O desenvolvimento produziu novos materiais, como couro, panos, cerâmicas, etc.
Com o rápido e desordenado crescimento das cidades, das suas populações e da industrialização, o lixo também aumentou , seu destino final hoje, são os aterros nas periferias das cidades e, constitui um grave problema para saúde pública.
A complexidade não para por aí, atualmente, nós temos o rejeitos nucleares, os agrotóxicos, e já se fala até do lixo espacial: rejeitos das viagens e pesquisas no espaço.
Como vimos, a produção de resíduos é inerente à condição humana, e inevitável, não há como não produzir lixo, mas podemos diminuir essa produção: Reduzindo o desperdício, reutilizando sempre que possível e separando os materiais recicláveis para a coleta seletiva.
Outra maneira é:

Preciclar!
Ou seja: Pensar antes de comprar.
Pensar no resíduo que será gerado.
Preciclar é pensar que a história das coisas não acaba quando as jogamos no lixo. Tampouco acaba a nossa responsabilidade!
40% do que nós compramos é lixo. Como as embalagens plásticas que, quase sempre, não nos servem para nada, e vão direto para o lixo aumentando os nossos restos imortais no planeta.
Pense no resíduo da sua compra antes de comprar. Às vezes um produto um pouco mais caro tem uma embalagem aproveitável para outros fins.
E não esqueça os 3 R's:
Reduzir, Reutilizar e Reciclar
Reduzir o desperdício,
Reutilizar sempre que for possível antes de jogar fora, e
Reciclar, ou melhor: separar para a reciclagem, pois, na verdade, o indivíduo não recicla (a não ser os artesãos de papel reciclado).
Mas nem tudo é reciclável. Clique na imagem abaixo e veja o que é reciclável e o que não é:

Quanto à reciclagem, o que nós devemos fazer é separar o lixo que produzimos e pesquisar as alternativas de destinação ecologicamente corretas, mais próximas.
O importante é pensarmos sobre os 3 R's procurando evitar o desperdício, reutilizar sempre que possível, separar o lixo adequadamente e, antes de mais nada, É muito importante PENSAR globalmente mas AGIR localmente!

Conforme a FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE, qualquer que seja nossa proposta quando nos referimos ao meio ambiente, sempre teremos que considerar o gerenciamento dos resíduos humanos, de forma contínua, pois uma quantidade elevada de lixo é diariamente descartada no solo e na água, a absorção destes resíduos pelo meio ocorre de forma lenta.
Tempo necessário para a decomposição de alguns materiais




A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta que desvia, do destino em aterros sanitários ou lixões, resíduos sólidos que poderiam ser reciclados.
Com isso alguns objetivos importantes são alcançados:
a vida útil dos aterros sanitários é prolongada e o meio ambiente é menos contaminado.Além disso o uso de matéria prima reciclável diminui a extração dos nossos tesouros naturais. Uma lata velha que se transforma em uma lata nova é muito melhor que uma lata a mais. E de lata em lata o planeta vai virando um lixão...
No Brasil existe coleta seletiva em cerca de 135 cidades, de acordo com o professor Sabetai Calderoni (autor do livro Os Bilhões Perdidos no lixo Ed. Humanitas). Na maior parte dos casos a coleta é realizada pelos Catadores organizados em coperativas ou associações mas, sistemas de coleta seletiva podem ser implementados em escolas, empresas ou nos bairros.
A maneira responsável e sustentável de lidar com o planeta, pela qual lutamos hoje, pode ser vista como excentrismo, modismo ou uma questão de escolha, mas muito breve será uma questão de sobrevivência. Todos fazemos parte da nave chamada terra e, é nossa responsabilidade mantê-la em perfeitas condições para as futuras gerações, as informações estão cada vez mais acessíveis a todas as camadas da população o que falta mesmo é ação: se fomos capazes de destruir em 150 anos o que a terra levou cerca de 3,5 bilhões de anos para construir, somos suficientemente capazes de reconstruí-lo em um período igual ou até mesmo menor mas, pra isto acontecer falta apenas um detalhe: ATITUDE!!!!
Fontes:
www.lixo.com.br/
http://ecopagina.home.sapo.pt/amb_precicl.html

domingo, 30 de setembro de 2007

Achatina fulica praga agrícola e ameaça à saúde pública no Brasil



Segundo Celso do Lago Paiva o caramujo-gigante-africano Achatina fulica, grande molusco terrestre nativo no leste-nordeste da África, foi introduzido no Brasil como sucedâneo do “escargot” (Helix spp.).
Os animais dessa espécie se alastraram por quase todo o Brasil, estabelecendo populações em vida livre e se tornando séria praga agrícola, especialmente no litoral. Atacam e destroem plantações, com danos maiores em plantas de subsistência de pequenos agricultores (mandioca e feijão) e plantas comerciais da pequena agricultura (mandioca, batata-doce, carás, feijão, amendoim, abóbora, mamão, tomate, verduras diversas e rami).
Achatina fulica pode hospedar ainda o verme Angiostrongylus costaricensis, causador da angiostrongilíase abdominal, doença grave com centenas de casos já reportados no Brasil. Esta doença pode resultar em óbito por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal.
O descaso dos governos municipais, estaduais e federal pela situação e o incentivo desses governos à criação do molusco contribuem ativamente para o agravamento da invasão, dos danos agrícolas e da possibilidade da angiostrongilíase abdominal se tornar endemia rural e urbana. Os governos atuam, assim, contra os interesses da população.

Achatina fulica é espécie de molusco terrestre tropical, nativa no leste-nordeste da África (Simone, 1999)conhecida como caramujo-gigante-africano.
Adultos dessa espécie atingem 15 cm de comprimento de concha e mais de 200 gramas de peso total. No Sudeste do Brasil (São Paulo) os valores máximos são ao redor de 10 cm e 100 gramas.
Trata-se de espécie:
– parcialmente arborícola (pode se alimentar sobre árvores e escalar edificações e muros);
– extremamente prolífica (produz muitos ovos por ano: 50 a 400 ovos por postura e cerca de 500 ovos por ano, segundo a D.ra Norma Campos Salgado);
– ativa no inverno (em regiões de inverno úmido e pouco frio);
– herbívora generalista (polífaga, ou seja, come folhas, flores e frutos de muitas espécies);
– resistente à seca;
– resistente ao frio hibernal;
– canibal (devora ovos e caramujos jovens da mesma espécie), aparentemente para sobreviver temporariamente em ambientes pobres em cálcio (necessário para a concha: animais parcialmente calcífilos);
– sobrevivente em muitos meios naturais e antrópicos (florestas e capoeiras, bordas de florestas, caatingas, brejos e outras áreas de vegetação nativa, áreas de cultura – especialmente hortas e pomares, plantações abandonadas, terrenos baldios urbanos, quintais e jardins).
Ovos depositados por Achatina no inverno de 1999 em laboratório, Campinas SP (5-6 mm de comprimento por 4-5 mm de largura)

Praga agrícola

Nos inúmeros países em que foi introduzida pelo homem, Achatina fulica tornou-se praga de culturas, ou foi constatada se alimentando de folhas, flores, frutos ou casca caulinar de muitas espécies de plantas.
Os pequenos agricultores já são geralmente não-cooperados, e sistematicamente desprezados pelos governos municipais, estaduais e federal em suas necessidades logísticas, agrícolas, educacionais e sanitárias; agora assistem em várias regiões do país à invasão de suas culturas por mais esta praga, de populações e danos crescentes.
Isso poderá contribuir para acentuar sua marcada precariedade econômica e a miséria do campo.
As conseqüência de todas essas pressões sobre os pequenos produtores rurais são a crescente concentração da terra (formação de latifúndios), o êxodo para cidades já hipertrofiadas, a redução na oferta de alimentos, a importação de alimentos o aumento dos preços dos alimentos.

Introdução no Brasil

Produtores brasileiros de “escargots” (caracóis europeus do gênero Helix) importaram Achatina fulica para criação como sucedâneo dessas espécies, sem nenhuma preocupação com os possíveis danos à agricultura, às florestas e à saúde pública que caramujos escapados de suas criações pudessem causar.
Achatina fulica tem sido também impensadamente criada como isca para pesca em pesqueiros comerciais (“pesque-pagues”), ao longo dos cursos-d’água.

Importante

Indivíduos de Achatina tem escapado desses criadouros para a vida livre em diversos Estados brasileiros, e muitas vezes soltos por criadores que desistiram da criação (ao verificar o insucesso comercial da iniciativa).

Importante

Caminho inverso realizam alguns criadores que coletam indivíduos ferais (asselvajados, em vida livre) de Achatina para levá-los aos criadouros experimentais e comerciais.

Importante

Uma vez estabelecidos em dada região, os caramujos são dispersos involuntariamente por veículos (especialmente trens e caminhões) e em meio à carga.
Deve-se lembrar que em muitos países os próprios “escargots” (Helix spp.) tiveram a criação e importação proibida pela possibilidade de se tornarem importante praga agrícola, especialmente em hortas (Canadá e Estados Unidos, por exemplo).
Nas regiões sub-tropicais do Brasil (Estados do sul) o “escargot” Helix aspersa já é praga de hortas, sendo a intensidade de ataque maior nos últimos anos.
Criadores do falso “escargot” (Achatina fulica) alegam que a produção atende a interesse social, por ser nova opção de fonte de proteínas para a população. A alegação é, além de falsa, tendenciosa:
1. a fonte de alimento é restrita, pois a densidade de criação é muito baixa por unidade de área, se comparada a alimentos protéicos vegetais (feijão, amendoim, soja, folha de mandioca, sementes de babaçu e de macaúba e outros);
2. os custos de produção são grandes (muito maiores que o da carne de frango, de bovinos e de peixes), gerando produto de valor elevado, acessível apenas para consumidores que podem comprar produtos finos, como “escargot” (Helix), ostra, mariscos, salmão, atum, camarão-da-malásia, faisão, codorna, bobby-white, javali, coelho, capivara, jacaré e outras iguarias; a carne de acatina será sempre artigo de luxo, disponível apenas para a elite econômica.

Achatina e saúde pública

O encontro de A. fulica em vida livre no Brasil também é importante por se tratar de espécie envolvida na transmissão do verme Angiostrongylus cantonensis (= Parastrongylus cantonensis, nematóide ainda não assinalado no Brasil, mas presente em Cuba) causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana (ou angiostrongilose meningoencefálica ou meningite eosinofílica) (Teles e Fontes, 1998).
Achatina fulica pode hospedar ainda o verme Angiostrongylus costaricensis, agente da angiostrongilíase abdominal (ou angiostrongilose abdominal), doença grave com centenas de casos já reportados no Brasil. Esta doença pode resultar em óbito por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal.
A infectologista Silvana Carvalho Thiengo (Fundação Oswaldo Cruz) constatou infestação de indivíduos de “escargot” Helix pomatia por Angiostrongylus costaricensis (com. pes., 20 jul. 2001).
A identificação do verme em amostras de tecidos (de necrópsias ou biópsias) é difícil ovos do verme não aparecem nas fezes dos pacientes e a própria zoonose é desconhecida da maioria dos médicos sanitaristas e patologistas. Os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças.

Importante

Fato já verificado algumas vezes é a presença de indivíduos de Achatina em terrários de escolas, tendo sido coletados os exemplares em pelo menos um caso em área de vegetação natural.
A simples manipulação dos caramujos vivos por crianças (como em áreas de favelas peri-urbanas) pode acarretar contaminação, pois os vermes podem ser encontrados no muco corporal dos caramujos (inf. Horácio M. S. Teles, com. pes., mar. 2000).
Ao visitar hortas e pomares pode eventualmente contaminar verduras e frutas, e disseminar doenças das culturas (como comprovado experimentalmente).

Importante

O problema poderá ser intensificado, pois alguns criadores coletam indivíduos em vida livre) de Achatina para levá-los aos criadouros, sem saber se estão contaminados pela verminose.

Importante

Os pequenos agricultores das zonas tropicais do país já são cronicamente assolados por endemias e parasitoses: aftosa, ancilostomíase (“amarelão”) e mais verminoses intestinais, berne, esquistossomose (“barriga-d’água”), febre amarela, febre maculosa, leishmaniose (“úlcera-de-Bauru”), malária, mal-de-chagas, miíase (“bicheira”), pediculose (piolhos), escabiose (sarna) e muitas outras.
Sua situação sanitária é agravada pelo descaso governamental, que inclui a debilidade e dificuldades do ensino rural.
Agora os minifundiários (e funcionários de empresas rurais, peões, meeiros, agregados, castanheiros e mais coletores, seringueiros, indígenas e suas famílias) correm o risco de possíveis endemias de angiostrongiloidíase abdominal.
Esta parasitose é muitas vezes fatal, incurável e de difícil diagnóstico e controle, por ter a Achatina populações asselvajadas em muitos ambientes vizinhos aos assentamentos rurais (áreas agrícolas, retiros, povoações, sedes de sítios).
O fato de que animais domésticos (gado, galinhas, cães) também possam ser hospedeiros de agentes de endemias e nem por isso devam ser eliminados vem sendo utilizado por criadores de Achatina fulica como pretexto para que se tolere sua presença no Brasil sem qualquer controle governamental.
A alegação carece de fundamento, pois todos os animais domésticos podem ser vacinados ou sacrificados, mas as populações de Achatina asselvajadas estão quase totalmente fora do alcance de eventuais ações preventivas.
Caracóis e lesmas agrícolas e ratos domésticos, vetores e hospedeiros de Angiostrongylus, são relativamente fáceis de controlar com o uso de técnicas integradas modernas.
Esse fato assemelha-se à polêmica criada nas décadas de 1970 e 1980, quando as campanhas de erradicação da febre-aftosa no Brasil esbarraram na resistência de muitos criadores de gado bovino à vacinação de seus rebanhos (nem sempre pequenos). Isso fez com que houvesse permanentemente focos da endemias em muitas regiões.
Somente a ameaça da perda de receita pelo governo levou-o à ação enérgica, que agora inexiste com relação à Achatina e ao Angiostrongylus costaricensisis.

Importante

Achatina e febre-amarela/dengue

Segundo Mead (1979:32) foi constatado que na Tanzânia conchas de Achatina fulica mortos, cheias por chuvas, hospedavam pequenas populações de Aedes aegypti, mosquito vetor da febre-amarela (e da dengue e dengue-hemorrágica, no Brasil), e de outras espécies de mosquitos.
O fato foi confirmado pelo compilador desta página, tendo obtido larvas de Aedes sp. em conchas de Achatina mantidas cheias de água limpa (Campinas, São Paulo, área urbana, jan.-abr. 2001; dados em coleta) sob controle em laboratório.
Constatou-se nesse período média de 0,22 larvas de Aedes sp. por concha em cada lote analisado; a média foi de até 0,5 em fevereiro e 0,12 em abril.
Considerando-se que:
1.acatinas morrem frequentemente com a abertura voltada para cima;
2. nas regiões brasileiras onde a Achatina já se encontra em altas densidades ocorre tanto a dengue (endêmica – sempre negada – ou esporádica) quanto seus vetores Aedes aegypti e Aedes albopictus;
3. essas regiões possuem estações com chuvas fortes e contínuas (planaltos do interior) ou regime de chuvas mais ou menos contínuo (litoral, Amazônia);
torna-se viável a predição de que o fato possa ter em breve importância epidemiológica significativa, de controle problemático.

Impacto sobre ambientes naturais

Tentativas ulteriores de controle químico e biológico e a proliferação de eventuais inimigos naturais introduzidos poderão levar à depressão de populações de caramujos nativos, como os Megalobulimus spp. (aruás) e Orthalicus spp. (caramujos-do-café), de baixa densidade ecológica, crescimento lento, reduzida fecundidade e hábitos alimentares especializados.
Sobre tentativas fracassadas de controle biológico de Achatina fulica, desastrosas para populações de moluscos nativos, leia-se Gould, 1993 e IUCN, s. d.
A D.ra Sonia Barbosa dos Santos (UERJ) confirmou que indivíduos de Megalobulimus cf. oblongus mantidos nas mesmas gaiolas que Achatina fulica, em laboratório, entraram em letargia, interromperam qualquer atividade e morreram em 15 dias. Essa interação pode se repetir em ambientes naturais, quando o molusco invasor atingir densidades altas ou, mesmo em densidades menores, se existir fator químico (alelopatia) envolvido.
Esse efeito, se confirmado em áreas naturais, pode levar à depressão de populações de espécies de Megalobulimus e de outras espécies nativas de moluscos, algumas delas, endêmicas e raras, antes mesmo de serem conhecidas pela Ciência.

Importante

Em laboratório constatou-se consumo de folhas e frutos de diversas espécies de plantas nativas do sudeste brasileiro (acantáceas, arecáceas, cactáceas, piperáceas, zingiberáceas) por indivíduos de Achatina fulica, prevendo-se o estabelecimento de populações desse molusco em áreas naturais, especialmente em bordas de florestas.
O impacto da espécie sobre nossas florestas implantadas e naturais e outros biomas (cerrados, caatinga, manguezais, restingas, capoeiras, catanduvas, campos, brejos, Pantanal, etc.) é imprevisível.

Para sanear a região, algumas regras devem ser obedecidas na Captura do Achatina fulica :

1) Somente adultos treinados devem recolher os caracóis.

Crianças e Adolescentes não devem participar das ações diretas do recolhimento do caramujo Achatina fulica.

2) O recolhimento sempre deve ser feito por pessoas treinadas ou em mutirão com os vizinhos, pelo menos da mesma quadra de quarteirão. O risco de re-infestação é alto e com certeza os caramujos retornarão ao seu quintal.

3) Recolher os caracóis sempre utilizando luvas descartáveis, sacos plásticos, na falta usar uma pá. Não ter o contato da pele diretamente com o caracol.

4) Os caracóis recolhidos devem ser incinerados, para isso utilizar uma vala, um tambor ou ainda uma fogueira cercada por tijolos ou blocos. Para grandes quantidades utilizar o carro incinerado da Prefeitura Municipal.

Extermínios não eficazes:


- A utilização do sal não é recomendado, o sal serve somente para salinizar o solo.

- Também não é recomendado o afogamento em balde com água e sal.

5) Os restos resultantes devem ser incinerado (queimados), enterrados, distante dos mananciais e poços de água. Jogar no lixo não é uma prática recomendável.

6) Não deixe pneus, latas, entulhos, plásticos, tijolos e telhas, madeiras, lixos em geral espalhados no quintal. Isso favorece a proliferação de Achatina fulica, e de outras pragas nocivas à saúde, como: ratos , baratas , escorpiões , aranhas , moscas , mosquitos como o Aedes aegypti (vetor da dengue).

7) Os caracóis nativos devem ser preservados.

OBS .: Não deixe crianças fazerem a captura, pois isto pode trazer problemas a saúde das mesmas.

Fonte consultada: http://www.geocities.com/lagopaiva/achat_tr.htm#resini

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

SOS CERRADO


O domínio dos Cerrados, que corresponde a 25% do território do Brasil, situa-se principalmente nos planaltos centrais do país, abrangendo, total ou parcialmente, os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Piauí, São Paulo e Roraima, além de certas áreas do Nordeste. Enquadra-se na categoria internacional de savanas e, fisionomicamente, possui grande semelhança com as formações desse tipo encontradas em outras regiões do mundo.

Os chapadões centrais ocupados pelo cerrado constituem a cumeeira do Brasil e da América do Sul, pois distribuem significativa quantidade da água que alimenta as bacias hidrográficas do continente. Dessa forma, exercem um papel fundamental para a manutenção e equilíbrio dos demais biomas, de tal sorte que o seu comprometimento poderá redundar em profundas alterações para os ecossistemas da Amazônia, do Pantanal, da Mata Atlântica, da Caatinga e da mata de Araucária. Algumas conseqüências disso já podem ser observadas, mas, provavelmente, ainda surgirão outras, que hoje desconhecemos totalmente.

Além desse aspecto, há ainda a considerar a enorme biodiversidade dos cerrados que em relação a alguns grupos taxonômicos, é até maior que o da Amazônia.

O cerrado serviu como local de assentamento de povos primitivos, contando-se registros de 15.000 anos ou mais, e depois sofreu um processo de colonização que conseguiu, em muitos casos, estabelecer relações de produção relativamente adaptadas às condições ambientais. No entanto, especialmente a partir da década de 1960, passou a sofrer um processo de ocupação intensa, privilegiando os sistemas de grandes propriedades, para a produção pecuária e, mais recentemente, para a produção de culturas de exportação e reflorestamento monocultural.

Diagnóstico


A forma atual de ocupação dos cerrados, realizada sem qualquer consulta ou participação da sociedade no processo, é uma face do modelo de desenvolvimento adotado no Brasil nas últimas décadas. Assenta-se no financiamento subsidiado e incentivos fiscais, na concentração fundiária, na utilização de pacotes tecnológicos, na implantação de infra-estrutura subsidiando o capital e na expulsão das populações rurais pela desestruturação de suas formas de produção.

O ecossistema do cerrado, visto como adequado para a expansão das atividades de exploração agropecuária e florestal vem sendo agredido e já destruído em cerca de 75% de sua extensão, principalmente através de:

• Desmatamento indiscriminado de sua vegetação e implantação de maciços homogêneos de eucalipto para a produção de carvão, a afim de abastecer as indústrias siderúrgicas que produzem ferro guza, exportado principalmente para o Japão, e de celuloses;

• Implantação de grandes extensões de pastagens homogêneas e monoculturas de exportação(Recentemente a Cana-de-acúcar) consumidoras de todo pacote tecnológico industrial: corretivos de solo, fertilizantes químicos, herbicidas, pesticidas e maquinaria pesada;

• Instalação de grandes projetos de irrigação com uso intenso e indiscriminado dos recursos hídricos e de energia;

• Instalação de grandes barragens ao longo dos principais cursos d’água, para fins de geração de energia elétrica.

Todas essas ações vêm provocando uma série de impactos ambientais e sociais, destacando-se entre eles:

• A redução drástica da enorme a ainda desconhecida biodiversidade existente nos cerrados;

• A degradação dos solos devido principalmente ao uso de maquinaria pesada, queimadas(cana-de-açúcar) e produtos químicos que deflagram e aceleram um processo de erosão e esterilização;

• A poluição e contaminação não só dos solos, mas também da água e, consequentemente de todos os animais (inclusive o homem) que dela se servem;

• Assoreamento e diminuição dos recursos hídricos superficiais e subterrâneo em função de todas as formas de desmatamento d cerrado, que devido à sua característica de baixo consumo de água e capacidade de infiltração de seus solos, funciona como uma “esponja” captadora e armazenadora de água. Em conseqüência é diminuída também a sua grande capacidade de dispersor de águas;

• Intensificação do processo de concentração fundiária com expulsão, migração e empobrecimento dos pequenos agricultores e trabalhadores rurais, gerando novos e insolúveis problemas nos médios e grandes centros urbanos;

• Desagregação das comunidades locais em seus valores culturais, usos, costumes e simbologia.

A conservação dos recursos naturais dos cerrados ,atualmente, é representada por diversas categorias de unidades de conservação, de acordo com objetivos específicos: oito parques nacionais, diversos parques estaduais e estações ecológicas, compreendendo cerca de 6,5% da área total de cerrado (Cerrado: caracterização, ocupação e perspectivas, Dias, 1990). Entretanto, esta extensão é ainda insuficiente e mais unidades de conservação precisam ser criadas para proteger a biodiversidade que esse magnífico e essencial bioma ainda preserva.
Fonte: RedeCerrado

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Poluição Atmosférica


É caracterizada pela presença de gases tóxicos e partículas líquidas ou sólidas no ar.
Os escapamentos dos veículos, as chaminés das fábricas, as queimadas estão constantemente lançando no ar grandes quantidades de substâncias prejudiciais à saúde.
Causas da Poluição Atmosférica

Os escapamentos dos veículos automotores emitem gases como o monóxido (CO) e o dióxido de carbono (CO2 ), o óxido de nitrogênio (NO), o dióxido de enxofre (SO2 ) e os hidrocarbonetos. As fábricas de papel e cimento, indústrias químicas, refinarias e as siderúrgicas emitem óxidos sulfúricos, óxidos de nitrogênio, enxofre, partículas metálicas (chumbo, níquel e zinco) e substâncias usadas na fabricação de inseticidas.
Produtos como os aerossóis, espumas plásticas, alguns tipos de extintores de incêndio, materiais de isolamento de construção, buzinas de barcos, espumas para embalagem de alimentos, entre vários outros liberam clorofluorcarbonos (CFCs).
Todos esses poluentes são resultantes das atividades humanas e são lançados na atmosfera.


Os efeitos

A emissão excessiva de poluentes tem provocado sérios danos à saúde como problemas respiratórios (Bronquite crônica e asma), alergias, lesões degenerativas no sistema nervoso ou em órgãos vitais e até câncer. Esses distúrbios agravam-se pela ausência de ventos e no inverno com o fenômeno da inversão térmica (ocorre quando uma camada de ar frio forma uma parede na atmosfera que impede a passagem do ar quente e a dispersão dos poluentes).
Os danos não se restringem à espécie humana. Toda a natureza é afetada. A toxidez do ar ocasiona a destruição de florestas, fortes chuvas que provocam a erosão do solo e o entupimento dos rios.
No Brasil, dois exemplos de cidades totalmente poluídas são Cubatão e São Paulo.
Os principais impactos ao meio ambiente são a redução da camada de ozônio, a potencialização do efeito estufa e a precipitação de chuva ácida.

A redução da Camada de Ozônio

A camada de ozônio protege a terra dos raios ultravioleta do sol, que são extremamente prejudiciais à vida. Ela está situada na faixa de 15 e 50 Km de altitude.
Os CFCs (clorofluorcarbonos) são compostos altamente nocivos a este escudo natural da terra. O CFC é uma mistura de átomos de cloro e carbono. Presentes no ar poluído, o CFC é transportado até elevadas altitudes quando é bombardeado pelos raios solares ocasionando a separação do cloro e do carbono. O cloro, por sua vez, tem a capacidade de destruir as moléculas de ozônio. Basta um átomo de cloro para destruir milhares de moléculas de ozônio (O3 ) formando um buraco, pelo qual, os raios UV passam chegando a atingir a superfície terrestre.
Em 1985 os cientistas descobriram um buraco na camada de ozônio sobre a Antártida o qual continua se expandindo. A redução do ozônio contribui para o efeito estufa.

Efeito Estufa


É a elevação da temperatura da terra provocado pela introdução na atmosfera de excessivas quantidades de gases que o formam. O principal agente causador do efeito estufa é o gás carbônico (CO2 ) resultante da combustão do carvão, lenha e petróleo.
Esse efeito é semelhante à dos vidros fechados de um carro exposto ao sol. O vidro permite a passagem dos raios solares, acumulando calor no interior do veículo, que fica cada vez mais quente.

As conseqüências desse fenômeno são catastróficas como o aquecimento e a alteração do clima favorecendo a ocorrência de furacões, tempestades e até terremotos; ou o degelo das calotas polares, aumentando o nível do mar e inundando regiões litorâneas; ou afetando o equilíbrio ambiental com o surgimento de epidemias.

Chuva Ácida

A queima incompleta dos combustíveis fósseis pelas indústrias e pelos veículos produzem o gás carbônico junto com outras formas oxidadas do nitrogênio e do enxofre que são liberados para a atmosfera.
Juntando o dióxido de enxofre e o vapor d'água forma-se o ácido sulfúrico que cai sobre a superfície terrestre em forma de chuva.
As conseqüências disto são a acidez dos lagos ocasionando o desaparecimento das espécies que vivem neles, o desgaste do solo, da vegetação e dos monumentos.

Algumas medidas para solucionar os problemas da Poluição do Ar
- A existência de uma rigorosa legislação antipoluição, que obrigue as fábricas a instalarem filtros nas suas chaminés, a tratar os seus resíduos e a usar processos menos poluentes.
- Penalizações para as indústrias que não estiverem de acordo com as Leis;
- Controle rigoroso dos combustíveis e sobre seu grau de pureza;
- Criação de dispositivos de controle de poluição;
- Vistoria nos veículos automotores para retirar de circulação os desregulados. Nos modelos mais antigos a exigência de instalação de filtros especiais nos escapamentos;
- Aplicação de rodízio de carros diariamente;
- Incentivar as pessoas a deixarem seus carros em casa pelo menos dois dias, organizando assim, um sistema de caronas e a utilizarem mais os transportes coletivos;
- Melhoria e segurança no sistema de transporte coletivo;
- Recolhimento de condicionadores de ar, geladeiras e outros produtos que usam CFC;
- Incentivo às pesquisas para a elaboração de substitutos do CFC;
- Investimentos nas fontes alternativas de energia e na elaboração de novos tipos de combustíveis como o álcool vegetal (carros), extraído da cana-de-açúcar e do eucalipto, e do óleo vegetal (substitui o óleo diesel e o combustível para a aviação), extraído da mamona, do babaçu, da soja, do algodão, do dendê e do amendoim;
- Melhor planejamento das cidades, buscando a harmonia entre a natureza e a urbanização;
- Maior controle e fiscalização sobre desmatamentos e incêndios nas matas e florestas;
- Proteção e conservação dos parques ecológicos;
- Incentivo à população para plantar árvores;
- Campanhas de conscientização da população para os riscos da poluição;
- Cooperação com as entidades de proteção ambiental.

Fonte: http://ramirofrancisco.vilabol.uol.com.br/